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Pré-carnaval de blocos de rua antecipa folia em São Paulo

Foliões com roupas floridas e arranjos florais e de frutas nos cabelos tomaram as ruas do centro 

Por Isabela Palhares
Atualização:

SÃO PAULO - A três semanas para o início do carnaval, os blocos Acadêmicos do Baixo Augusta e Casa Comigo, um dos que mais reúnem foliões em São Paulo, mostraram que a festa na cidade começa cada vez mais cedo. Neste domingo, 10, começaram a desfilar com uma marchinha que dizia que "a terra da garoa virou terra da folia. O carnaval é todo dia".

Foliões curtem os blocos de carnaval 'Acadêmicos do Baixo Augusta' e 'Casa Comigo' na Praça da Republica, centro de São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Os blocos iniciaram a concentração na Praça da República, no Centro, às 15h e animaram o público com um repertório bastante diverso, que foi das marchinhas tradicionais, como "me dá um dinheiro aí", até músicas de rock em inglês de bandas como Nirvana em ritmo de carnaval. 

A festa no centro foi aberta com uma marchinha que dizia que “a terra da garoa virou terra da folia, o carnaval é todo dia”. Os blocos iniciaram a concentração na Praça da República e animaram o público com um repertório diverso, que foi das marchinhas tradicionais, como “Me dá um dinheiro aí”, ao rock do Nirvana. Mas tocado em ritmo de samba. 

Conhecido por promover a diversidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta manteve presente a campanha contra o assédio às mulheres no carnaval. A cada três músicas, um dos cantores que estava no trio elétrico puxava o coro “não é não”. 

Entre os foliões predominaram as roupas coloridas e estampadas. Também fazia parte do figurino de quem estava atrás dos blocos os arranjos florais e de frutas nos cabelos. E muitos acessórios. Os vendedores ambulantes, no entanto, dizem que, apesar do público grande, as vendas ficaram abaixo da expectativa. “No ano passado, vendia de 80 a 100 tiaras por bloco. Esse ano não está chegando a 50. As pessoas estão vindo, mas não compram nada. Espero que melhore até o carnaval”, disse Fabiana Oliveira. 

O único item vendido por ambulantes que fez sucesso entre o público era a máscara do ator Fábio Assunção. Cada unidade custava R$ 10. Folia antecipada. A publicitária Gabriela Lima, de 25 anos, diz que ela e as amigas fizeram compras com antecedência para curtir o Carnaval. Com isso, ela acredita que economizou. “Fomos na 25 de Março e compramos todos os acessórios. Assim, podemos curtir a festa sem preocupação”, disse. 

E há quem nem vá passar o Carnaval em São Paulo, mas decidiu aproveitar a folia antecipada na capital. “Vou para Salvador no Carnaval, mas não quero perder o aquecimento. Aqui em São Paulo a festa está cada vez melhor. Então, já comecei a curtir a folia que está rolando em vários pontos da cidade”, disse o comerciante Rafael Lima. 

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O carnaval de rua de São Paulo deve contar neste ano com 624 blocos inscritos junto à Prefeitura. A previsão de público é de 5 milhões de pessoas entre o pré-carnaval, que acontece entre os dias 23 e 24 deste mês, o carnaval, que vai de 2 a 5 de março, e o pós-carnaval, nos dias 9 e 10 de março. 

De acordo com a Prefeitura, neste ano a avenida 23 de Maio ficará de fora da programação e alguns blocos vão desfilar pelas avenidas Marquês de São Vicente, zona oeste, e Tiradentes, no centro da capital. 

O Carnaval de rua será patrocinado pela Arosuco, uma subsidiária da Ambev. A empresa venceu a licitação e vai investir R$ 16,1 milhões na festa. 

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