30 de maio de 2017 | 17h32
SÃO PAULO - A gestão do prefeito paulistano João Doria (PSDB) anunciou que não vai desistir de tentar um aval da Justiça para poder fazer busca e apreensão de usuários de drogas da Cracolândia e cogita recorrer até ao Supremo Tribunal Federal (STF) se for preciso.
Nesta terça-feira, 30, o Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu a ação na qual a Prefeitura pedia autorização para recolher à força dependentes químicos das ruas para atendimento médico e, se preciso e aval judicial, fazer a internação compulsória.
Na última sexta-feira, 26, conseguiu uma decisório provisória favorável liberando a ação por 30 dias na região da Cracolândia, mas a liminar foi cassada no domingo. Nesta terça, a ação foi extinta porque o desembargador considerou que a Prefeitura não poderia ter feito o pedido dentro de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público contra o governo do Estado por causa da operação policial feita na região em 2012.
"O fato é que ainda não tivemos acesso a essa última decisão e, assim que tivermos e analisarmos, serão tomadas as medidas judiciais, como recurso ao presidente do Tribunal de Justiça, recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou até mesmo ao STF (Supremo Tribunal Federal)", disse o secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini.
O prefeito João Doria promoveu uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 30, na Prefeitura para anunciar a doação de produtos de higiene por uma empresa privada a um abrigo e dois banheiros públicos e se recusou a responder questões sobre a Cracolândia. O tucano escalou Pomini para falar sobre o revés sofrido na Justiça.
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