
15 de novembro de 2012 | 02h10
Com isso, em 2011, o Brasil ocupou a quarta posição no ranking de países com as maiores populações carcerárias do mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia.
Já o número total de habitantes no País registrou aumento de 30%: passou de 146,8 milhões em 1991 para 190,7 milhões em 2010, de acordo com os censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o especialista em sistema carcerário e pesquisador do Centro de Pesquisa de Pós-Graduação sobre as Américas (Cepac) da Universidade de Brasília (UnB), Alexandre Rocha, "na prática não temos uma política penitenciária". "Nosso sistema está falido. O assunto só é discutido em momentos de crise, como a atual onde de violência em São Paulo."
"Por outro lado, somente construir novos presídios não vai resolver a superlotação", continuou Rocha. A taxa de encarceramento do País é das mais altas do mundo. Com isso, a ressocialização dos presos fica só no discurso. Além de mais investimento em infraestrutura e pessoal, precisamos incentivar a adoção de penas alternativas para crimes de menor gravidade", disse o especialista. /MARCELO GOMES
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.