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Politécnica tem mais mortes de motoristas

Há pouca fiscalização na via da zona oeste; pedestres morrem mais na Av. Sapopemba

Por Felipe Rau e Caio do Valle
Atualização:

Combine as curvas e a falta de fiscalização ostensiva à imprudência ao volante e tem-se a Avenida Escola Politécnica, na zona oeste, como a mais perigosa da capital para motoristas e passageiros. Estatísticas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostram que cinco motoristas morreram na via de 6 km no Jaguaré só no primeiro semestre do ano. Levantamento obtido pelo Estado, com dados de janeiro a junho, aponta também que, para os pedestres, a Avenida Sapopemba, na zona leste, é a pior: ali, seis pessoas morreram atropeladas. Entre motociclistas e ciclistas, a Marginal do Tietê, no caso dos primeiros, ocupa o topo da lista, com 10 ocorrências, e as fatalidades entre quem pedala estão diluídas."Aqui, a situação só vai mudar quando tiver mais radares e blitze da lei seca", diz a jornaleira Valdiva Ribeiro, de 59 anos, que trabalha na Avenida Escola Politécnica. O pintor José Raimundo Nobre Dias, de 28 anos, diz que já viu carros a mais de 100 km/h. "Poderiam colocar mais semáforos, além de radares." A reportagem flagrou ontem diversas irregularidades.A CET informou que está se "estruturando para ampliar a fiscalização eletrônica". Um dos objetivos é "contemplar locais com altos índices de infrações e acidentes". Não foi informada a quantidade de novos radares que será instalada nem se a Avenida Escola Politécnica receberá equipamentos.Pedestres. Os dados revelam também o total de mortes de pedestres no trânsito. No primeiro semestre, 239 pessoas morreram atropeladas, ante 266 no mesmo período de 2012. A taxa de redução (10%) caiu em relação à verificada no primeiro semestre do ano passado comparado a 2011, período em que as mortes baixaram de 325 casos para 266, variação de 18%.

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