12 de junho de 2011 | 00h00
O estudante da 8.ª série estava com amigos em um bar, quando uma viatura da PM chegou à Avenida Dr. Ussiel Cirilo, na Vila Jacuí, anunciando blitz, por volta das 23h30 de anteontem. Parentes do jovem afirmam que o policial disparou contra a cabeça de Alisson "várias vezes".
Em nota, a PM afirmou ter sido um único disparo, "acidental" e afirmou que o caso será investigado pela corregedoria da corporação. Levado ao Presídio Romão Gomes, o soldado foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção).
Pais do adolescente questionam a versão da polícia. "O médico (do Hospital Tide Setúbal, para onde Alisson foi levado) me disse que meu filho chegou no hospital com mais de dois tiros na cabeça", disse o pai, o motorista Alexandre de Lima Guerreiro, de 38 anos. "Com a mesma mão que ele (o policial) segurava a pistola, puxou meu enteado pelo capuz da blusa. A arma disparou e o tiro pegou na cabeça. Logo em seguida o policial se agachou para procurar a cápsula que havia caído no chão e depois colocaram Alisson na viatura e o levaram ao hospital. Chegando lá, meu enteado estava com vários tiros na cabeça", afirmou a madrasta de Alisson, a costureira Janaína Martins, de 38 anos.
Socorrido ainda com vida, o adolescente morreu a caminho do hospital. E será sepultado no Cemitério da Saudade, em São Miguel.
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