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Policiais do Gate contradizem Nayara sobre tiro de Lindemberg

Agentes afirmam que houve disparo antes da invasão ao apartamento, enquanto menina afirma que não houve

Por Vitor Sorano
Atualização:

Os três policiais do Gate que prestaram depoimento nesta quinta-feira, 8, contradisseram a afirmação de Nayara sobre o tiro de Lindemberg que causou a invasão do apartamento onde Eloá Cristina Pimentel era feita refém. Dois dos policiais também confirmaram que a polícia usou um copo para fazer escuta no apartamento onde o jovem de 22 anos mantinha as duas meninas reféns - em outubro do ano passado. Veja também: Lindemberg era como um filho, diz mãe de Eloá após audiência Nayara confirma que não houve tiro antes da invasão Nayara presta depoimento sem a presença de Lindemberg Lindemberg está ansioso pelo depoimento, diz defesa Perguntas e respostas sobre o caso Eloá  Todas as notícias sobre o caso Eloá         Especial: 100 horas de tragédia no ABC      O juiz José Carlos Carvalho Neto, do Júri de Execuções Criminais de Santo André, ouviu todas as testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação entre as 9h30 e 15 horas desta quinta, com um curto intervalo para o almoço. Lindemberg, acusado de assassinar a ex-namorada, será interrogado e pode decidir se ele vai ou não a júri popular.  Lindemberg almoçou três sanduíches de queijo e presunto e tomou uma garrafa de suco de maracujá. Cinco testemunhas falaram em defesa de Lindemberg - todos amigos e vizinhos do jovem. A maioria das testemunhas de defesa afirmaram que não tinha um histórico de agressões. A defesa do jovem pediu que o juiz esperasse dois policiais que testemunhariam no caso, mas o pedido foi negado pelo juiz. O primeiro policial a depor foi Dayson Pereira. Ele foi o primeiro a entrar no apartamento e afirmou que tinha ordens de só invadir o local se houvesse mais algum disparo de Lindemberg. O segundo a depor foi Maurício de Oliveira, que confirmou a ordem de aguardar um novo disparo para invadir e disse que a mesa colocada por Lindemberg na frente da porta atrasou a entrada dos policiais no momento da invasão. Por fim, o policial Mario Magalhães Neto falou ao juiz e, assim como os outros dois, afirmou que ouviu tiros dentro do apartamento após a invasão do Gate. Os tiros ouvidos após a invasão teriam atingido Nayara e Eloá - que foi baleada na cabeça e na virilha. Neto disse que atirou contra Lindemberg com uma arma calibre 12, com tiros de borracha. No entanto, o disparo não atingiu o sequestro. Texto ampliado às 16h11 para acréscimo de informações.

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