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Policiais civis de SP iniciam greve em todo o Estado hoje

Paralisação começa às 8h; categoria exige aumento salarial, valorização da carreira e fixação de carga horária

Por Ricardo Valota
Atualização:

Os policiais civis do Estado de São Paulo iniciam, oficialmente, às 8 horas desta quarta-feira, uma greve por tempo indeterminado. A categoria, formada por cerca 35 mil policiais, exige participação nos estudos do projeto de reestruturação da Polícia Civil, cumprimento da data-base, transformação de vencimentos em subsídios, valorização da carreira, com aumentos salariais que variam de 58% a 200%, aposentadoria especial, plano de carreira viável, fixação de carga horária semanal, entre outros pontos.   Segundo a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), um delegado em início de carreira recebe hoje R$ 3.708, incluindo gratificações, enquanto que o mesmo cargo em Brasília chegaria a R$ 10 mil e, no Mato Grosso, a R$ 8 mil. Um investigador em início de carreira tem salário de R$ 1.757. Os policiais afirmam que não têm reajustes significativos nos salários há 13 anos e que a defasagem chega a 200%.   O governo do Estado diz concordar em discutir uma reestruturação das carreiras, o que provocaria um aumento imediato para os policiais, mas com índices bem menores. No site da ADPESP, a entidade convoca todos os policiais a aderirem ao movimento. Os policiais que estiverem em trabalho a partir das 8 horas deverão tomar ciência do conteúdo existente numa cartilha que estará disponível nas unidades policiais. Os aposentados e policiais de folga deverão seguir direto à sede da ADPESP, de onde saíra uma passeata que percorrerá os distritos próximos.   Na noite de terça-feira, 12, a Justiça determinou a manutenção de 80% do efetivo. Em nota oficial, a Secretaria da Segurança Pública se diz "otimista" sobre as negociações e apela para o "bom senso" dos policiais. Na tarde de terça, no entanto, não houve sucesso na negociação feita pela Secretaria de Gestão Pública com o sindicato dos delegados.

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