CAJURU - A polícia paulista investiga o duplo ataque ocorrido nessa sexta-feira, 7, no interior do Estado, quando um carro-forte e um comboio que transportava detentos foram atacados. Policiais falam em coincidência nas duas ações, descartando que tenham sido planejadas em conjunto.
Os bandidos teriam roubado R$ 1 milhão do carro-forte, que foi interceptado na SP-333, em Mococa. Em seguida a quadrilha cruzou, poucos quilômetros à frente, com o comboio de presos que seguia pela Rodovia Abrão Assed (SP-333), em Cajuru, e houve confronto.
Policiais acreditam que o alvo seria apenas o carro-forte, cuja ação resultou na morte do motorista de 49 anos, ficando ainda dois vigilantes feridos. Já no ataque ao comboio um policial militar também foi atingido.
Para a polícia, o confronto com o comboio que levava 41 presos teria sido uma coincidência. Os detentos seguiam da Penitenciária de Casa Branca para Serra Azul com o objetivo de participarem de audiências por crimes como furto e tráfico de drogas.
Uma viatura da PM que escoltava os presos trocou tiros com os assaltantes, furando o pneu da Land Rover blindada usada por eles. O bando então roubou o carro com os detentos dentro, vindo a libertá-los entre Serrana e Brodowski, local em que trocaram de veículo e desapareceram.
A Polícia Civil acredita se tratar de uma quadrilha especializada em roubo de carga e que age em todo o País. Os bandidos tinham metralhadoras ponto 50 e fuzis 762, usavam coletes à prova de bala e até capacetes. O veículo estava preparado para a ação, inclusive, com furos no vidro traseiro para colocar os canos das armas e tripés internos para apoiá-las.
Dos foragidos, 20 haviam sido recapturados até este sábado, 8, estando ainda outros 17 nas ruas, assim como os mais de dez integrantes da quadrilha.