Polícia prende pai e avô de publicitária atacada por 'Papai Noel'

Eles são acusados de terem contratado um policial militar para assassinar a garota, em 2001

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Por Solange Spigliatti
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Os empresários Nicolau Archilla Galan, de 81 anos, e Renato Grembecky Archilla, de 49 anos, pai e filho respectivamente, foram presos na madrugada desta terça-feira, 12, nos Jardins, na zona sul da cidade, acusados de planejar e contratar um policial militar para assassinar a publicitária Renata Guimarães Archilla, em 2001. O crime ficou conhecido como o Crime do Papai Noel, pois o executor atacou a vítima fantasiado de Papai Noel Os dois foram cercados em casa na Rua Colômbia e foram levados para a carceragem do Deic. Eles devem ser encaminhados ao Centro de Detenção Provisória do Belém. A vítima, filha de Renato Archilla, recebeu três tiros no rosto, em 17 de dezembro de 2001, por volta das 9h15, na Rua Professor José Leite Oiticica, região do Morumbi, na zona Sul. Acusado pelos disparos, o policial militar José Benedito da Silva foi condenado duas vezes - a última em julho de 2006, a 13 anos e 4 meses de prisão. Para o promotor Roberto Tardelli, o crime foi encomendado pelo avô paterno de Renata, Nicolau Archilla Galan, para evitar o pagamento de pensão à jovem. Nicolau e o filho alegam inocência. Para a polícia, não há dúvidas de que tinha sido um crime de encomenda e motivado pela longa batalha jurídica de Renata para ser reconhecida pelo pai. O policial militar José Benedito da Silva, atualmente expulso da corporação, estava vestido de Papai Noel e simulou que entregava balas no cruzamento onde Renata aguardava o sinal abrir. Apesar de atingida gravemente, a publicitária atualmente com 29 anos, sobreviveu – fez sete cirurgias com o objetivo de reduzir as mutilações sofridas por causa dos ferimentos a bala. Em julho do ano passado, Silva foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão. As investigações apontavam os empresários Nicolau e Renato Arechilla como responsáveis pelo mando do crime. As prisões preventivas contra os dois foram determinadas na noite de ontem pela juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha.

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