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Polícia prende acusados de vender animais silvestres em SP

Um dos suspeitos guardava animais mortos na mesma geladeira em que armazena carne para churrasco

Por Daniela do Canto
Atualização:

Uma operação promovida pela Polícia Civil no domingo, 5, identificou e prendeu sete pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que comercializava irregularmente animais silvestres em uma feira de rua de animais de estimação, realizada todos os domingos na Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste de São Paulo. Os policiais do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 8ª Delegacia Seccional, em São Mateus, zona leste, apreenderam 94 animais vivos e outros 27 mortos, que estavam congelados na casa de um dos presos.

 

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Depois de cerca de duas semanas de investigação, os policiais chegaram à feira por volta das 16 horas de domingo. Identificaram os suspeitos, esperaram que eles se reunissem, apreenderam os animais que estavam sendo comercializados por eles e deram voz de prisão aos sete acusados. Em seguida, foram até a residência de um deles, identificado como Luís Filgueira de Araújo, de 54 anos. Lá, encontraram os animais congelados em um freezer, onde, conforme a polícia, também estava guardada a carne usada por Araújo para vender como churrasco, em espetos. Na casa também havia animais vivos.

 

No total, foram apreendidos um filhote de jiboia, nove iguanas, um pintassilgo, 74 tartarugas aquáticas e nove filhotes de jabuti, todos vivos. Entre os animais mortos, estavam 16 iguanas, dois filhotes de papagaio, um pássaro de espécie não identificada, três jabutis e cinco tartarugas. Estavam praticamente todos congelados, exceto dois dos jabutis, que serviriam de comida à jiboia.

 

Os integrantes da quadrilha teriam afirmado aos policiais que os animais mortos seriam empalhados e posteriormente fariam parte de um "mostruário". Segundo a Polícia Civil, os animais eram trazidos irregularmente do Nordeste do País.

 

A quadrilha

 

Araújo é apontado pela Polícia Civil como o líder da quadrilha. Além dele, foram presos José Ribamar Teixeira, de 36 anos - conhecido como Buiú -; Valdir dos Santos Pereira, de 33; Charlles Leite de Souza, de 24; Rogério da Silva Santos, de 26; Maria Vilani de Araújo e Costa, de 52, e Cícero Ademar Costa, de 29, filho de Maria. Segundo a Polícia Civil, quatro deles, inclusive Araújo, já tinham passagem por tráfico de animais.

 

O delegado Clóvis Ferreira de Araújo, do SIG, autuou os acusados por tráfico de animais, crime previsto na lei ambiental que tem pena de detenção de seis meses a um ano e por formação de quadrilha, que faz parte do Código Penal e pode levar a uma prisão de um a três anos. Agora, a Polícia Civil conduzirá uma investigação para identificar os compradores dos animais, inclusive possíveis lojas que possam revendê-los.

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