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Polícia investiga se amante de esquartejado é garota de programa

Segundo testemunhas, prostituta exigia dinheiro da vítima e estava descontente com comportamento do motorista, que queria deixá-la

Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

SÃO PAULO - A polícia tenta confirmar se a mulher que teria matado o motorista Álvaro Pedroso, de 55 anos, suspeito de ser o homem esquartejado e encontrado em Higienópolis, é garota de programa. Moradora da região central de São Paulo, próximo de onde as partes do corpo foram encontradas, ela seria amante do motorista. Segundo testemunhas, ela exigia dinheiro da vítima e estava descontente com o comportamento do motorista, que queria deixá-la.

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A polícia tenta fazer um retrato falado de uma mulher que foi vista com outras duas mulheres que estavam com um carrinho de compras semelhante ao usado pelo morador de rua João Eduardo Jerônimo, preso em 4 de abril. Jerônimo confessou que havia recebido as sacolas com partes do corpo da vítima para distribui-las em troca de R$ 30. Esse trio teria sido gravado por imagens de câmeras de segurança uma hora antes do morador distribuir as sacolas no entorno do Cemitério da Consolação.

Um taxista foi ouvido pela polícia para tentar fazer uma descrição dessa mulher suspeita.

Sigilo. Na semana passada, a Polícia Civil pediu a quebra de sigilo bancário e telefônico do motorista. Segundo as investigações, ele é o homem que foi morto e esquartejado, cujas partes do corpo foram jogadas em Higienópolis e a cabeça, na Praça da Sé, região central de São Paulo. De acordo com a família do homem, ele desapareceu no dia 22 de março, quando teria saído com a amante.

O Instituto de Criminalística (IC) ainda realiza exames de DNA para confirmar se os pedaços de corpo encontrados no mês passado pertencem mesmo à vítima.

O pedido de quebra de sigilo é uma tentativa de identificar a amante. Com os dados telefônicos e de gastos de cartão, por exemplo, a polícia poderá determinar onde o motorista esteve antes da morte e onde teria se encontrado com a mulher.

Entenda o caso. Após o desaparecimento do motorista, no dia 23, foram encontrados três sacos deixados em pontos diferentes perto do Cemitério da Consolação, com pernas, braços e tronco. No dia 27, uma cabeça foi achada na Praça da Sé por um morador de rua - a quatro quilômetros do ponto onde foram localizados os sacos plásticos com as outras partes do corpo.

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A cabeça foi analisada por uma equipe do Laboratório de Arte Forense da Polícia Civil, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia confirmou que era da mesma vítima.

Um retrato falado, feito por computador com fotos da cabeça e uma tomografia do crânio, foi comparado às características de desaparecidos registrados em boletins de ocorrência. A família da vítima, que mora na zona sul, foi então chamada e reconheceu a imagem.

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