Polícia investiga furto de equipamentos da TV Câmara

Câmera avaliada em R$ 32 mil e 12 cartões de memória, de R$ 1,1 mil cada, sumiram do prédio do Legislativo municipal

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Foto do author Adriana Ferraz
Por Adriana Ferraz , Diego Zanchetta e Rodrigo Burgarelli
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Uma câmera de estúdio e 12 cartões de memória foram furtados de dentro da TV Câmara, o canal do Legislativo paulistano que funciona no primeiro andar do Palácio Anchieta, ao lado do plenário dos vereadores. O caso aconteceu durante o recesso, no fim de semana dos dias 14 e 15, e está sob investigação da Polícia Civil. Uma sindicância interna também apura se houve envolvimento de algum funcionário da Casa no crime.O furto aconteceu enquanto os estúdios da TV Câmara estavam fechados a chave, segundo a Presidência da Casa, e não havia sinais de arrombamento nas portas. A segurança da Câmara, feita por 49 policiais militares e 32 guardas-civis municipais, está finalizando um relatório com a análise das imagens do circuito de segurança interno. O material será enviado para os investigadores responsáveis pelo caso.Questionada se havia PMs de plantão durante o fim de semana do furto, a Presidência da Casa informou que o dado era "confidencial". O valor dos equipamentos furtados também não foi revelado. A reportagem apurou que o modelo da câmera levado, uma Panasonic HPX-370, pode custar até R$ 32 mil. Cada cartão levado sai por cerca de R$ 1.100. Com isso, o prejuízo pode ser estimado em cerca de R$ 45 mil.Suspeitas. Segundo relatos de funcionários da TV Câmara ao Estado, a desmontagem da câmera de estúdio exigia conhecimentos técnicos. Todas as peças acopladas ao equipamento foram desmontadas e levadas, com exceção do tripé. "O furto aconteceu na única semana em que não havia equipes de plantão dentro do estúdio, não tinha praticamente ninguém no prédio inteiro", explicou um servidor da emissora.A TV Câmara tem 68 funcionários e a programação de 12 horas diárias é produzida pela Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac). Com custo anual de R$ 11,8 milhões, a estrutura e a verba do canal legislativo superam as de muitos canais da TV a cabo.Fundação. O contrato para a manutenção do canal é firmado desde 2008 com a Fundac, apesar de o Ministério Público Estadual ter recomendado em 2010 nova licitação. Em 2011, quando o vereador José Police Neto (PSD) assumiu a Presidência da Câmara, o valor do contrato foi reduzido em R$ 700 mil, mas a abertura de concorrência foi descartada. A Fundac também recebe R$ 15 milhões para fazer a produção do canal da Assembleia Legislativa de São Paulo.Além de trabalhos nas comissões e das sessões em plenário, a TV Câmara realiza a cobertura de eventos como a Virada Esportiva e a caminhada realizada pela Mesa Diretora no centro da capital paulista.

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