Polícia indicia professora que pôs aluno em saco de lixo no interior

Investigação apontou que crianças indisciplinadas eram torturadas como 'castigo' em creche de Restinga

PUBLICIDADE

Por Rene Moreira
Atualização:

FRANCA - A Polícia Civil de Restinga, no interior de São Paulo, resolveu indiciar por maus-tratos e tortura a professora acusada de colocar crianças em sacos de lixo em uma escola infantil da cidade. De acordo com as investigações, Silma Lopes de Oliveira punia com frequência os alunos dessa maneira, sendo algumas cenas flagradas por câmeras de segurança da unidade. 

Outras crianças teriam confirmado a existência do castigo, sendo um aluno flagrado por câmeras de segurança sendo colocado em um saco preto de lixo Foto: Reprodução

PUBLICIDADE

+++ Mães acusam professora de colocar crianças em saco de lixo como castigo

A situação ocorria na Escola Municipal de Ensino Básico Célia Teixeira Ferracioli e veio a público em setembro, após denúncia da mãe de um menino. Outras crianças teriam confirmado a existência do castigo, sendo um aluno flagrado por câmeras de segurança sendo colocado em um saco preto de lixo.

+++ Professora e estagiária são acusadas de maus-tratos após colocar crianças em sacos de lixo

Em depoimento, a professora negou qualquer maldade e alegou que a medida faria parte de um método pedagógico, que teria sido usado apenas uma vez durante brincadeira literária. Já o delegado Eduardo Lopes Bonfim diz ter concluído que a ação ocorria regularmente como forma de punição aos alunos considerados indisciplinados.

+++ Justiça condena dupla que tatuou testa de adolescente no ABC

Auxílio

Publicidade

Uma estagiária, que teria ajudado a colocar crianças nos sacos, terá sua situação definida pelo Juizado da Infância e Juventude por ser menor de idade. Em janeiro, a professora foi demitida da prefeitura por justa causa, mas a defesa garante que ela é inocente. 

De acordo com o advogado Reginaldo de Carvalho, não se justifica o indiciamento por tortura e falta ainda ouvir uma testemunha. Já o delegado diz que esse depoimento não muda a conclusão do inquérito que deve ser enviado nesta semana para aval do Ministério Público e encaminhamento à Justiça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.