Polícia identifica responsável por atropelamento na Ponte do Piqueri

Vagner Faria Ferreira tem 28 anos e trabalha como empreiteiro; paradeiro dele é desconhecido

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Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

SÃO PAULO - A Polícia Civil identificou o condutor que teria matado uma pedestre em uma faixa de segurança na Ponte do Pequeri, zona norte, na madruga desta quarta-feira, 20. Ele é o empreiteiro Vagner Faria Ferreira, de 28 anos, morador da Brasilândia, também na zona norte. Seu paradeiro é desconhecido. Segundo familiares, ele está assustado com o acidente e deve comparecer em breve à delegacia.

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Para a vítima entrar no carro, o motorista precisava estar a pelo menos 120 km/h, segundo o delegado titular do 7º DP, Marcel Druziani. "É preciso estar a mais de 80 km/h para quebrar um para-brisas. As testemunhas não têm por que mentir. Ao que tudo indica, eles estavam fazendo um racha", afirmou o delegado.

A polícia identificou o condutor porque o automóvel, um Fiat Stillo modelo 2009, estava em seu nome, com a licença dentro do veículo. Agentes fizeram buscas na sua casa, mas não o localizaram. Seu irmão disse aos policiais que ele deverá se apresentar em breve com seu advogado.

Caso. Jéssica Bueno da Silva, de 22 anos, ia em direção a ponto de ônibus por volta de 0h, quando foi atingida por um Fiat Stillo na faixa de pedestres da Avenida General Edgar Facó. Com o impacto, ela se chocou com o vidro do carro, que ainda avançou por 200 metros, de acordo com a polícia.

O veículo foi abandonado na ponte. Os três ocupantes fugiram sem prestar socorro. Segundo a Polícia Civil, testemunhas disseram que Jéssica atravessou a via na faixa de pedestres. O carro teria vindo em alta velocidade, ignorando o semáforo vermelho. Uma faixa do sentido centro ficou interditada até 6h30, para trabalho da perícia.

Há a suspeita de que o carro que atingiu Jéssica estivesse envolvido em um racha com outros dois veículos antes do acidente.

Familiares da vítima reclamaram no Instituto Médico-Legal (IML) central da capital que a Polícia Civil não deu informações sobre os condutores do veículo. Rose Rodrigues, prima de Jéssica, afirmou que ela estava acompanhada por cinco pessoas, entre elas o namorado. O grupo se dirigia a uma casa noturna. Segundo os familiares, os colegas nem perceberam a batida. "A Jéssica sumiu", teriam dito. "Eles (os carros) vinham em alta velocidade. Um desviou, outro parou e o terceiro bateu nela", contou Rose.

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Segundo testemunhas, o carro pode ter avançado muito mais que 200 metros, já que os amigos não enxergavam o veículo do local em que houve a colisão. No começo, eles pensavam que a vítima havia sido sequestrada, de tão rápido que o veículo passou.

Jéssica tinha uma filha de 4 anos e iria começar em um novo emprego. Seu corpo se encontra no IML.

O caso foi registrado como homicídio culposo, sem intenção de matar. O carro foi levado para vistoria. A polícia chegou a afirmar que o caso só seria investigado a partir de quinta-feira, 21, quando o 7º DP entraria em atividade, já que a ocorrência foi atendida na central de flagrantes do 91º DP (Ceagesp).

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