Polícia faz reconstituição do caso Joaquim nesta sexta

PM usa cavalaria para garantir segurança ao padrasto do menino, que usava colete à prova de bala

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Por Rene Moreira e Tania Barreto
Atualização:

Atualizado às 16h11

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FRANCA -Terminou por volta das 16h50 desta sexta-feira, 22, a reconstituição do desaparecimento do menino Joaquim. O padrasto Guilherme Longo participou de tudo e mostrou aos peritos todos os passos que diz ter dado na madrugada do dia 5 de novembro, quando o garoto de 3 anos sumiu misteriosamente de seu quarto.

Toda a região próximo à residência do casal foi isolada pelas polícias Militar, Civil e Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano).

Eles se dirigiram à casa onde o casal morava, no Jardim Independência, para dar início à reconstituição do crime. Natália, a mãe do garoto, não participou da simulação.

"Não vejo a necessidade de colocá-la com ele na mesma cena", disse o delegado Paulo Henrique Martins de Castro. A mãe foi levada da cadeia de Franca (SP), onde está presa, enquanto que o padrasto foi retirado de sua cela em Barretos (SP), no Jardim Independência. O advogado de Guilherme confirmou a participação dele.

Às 15h30, os peritos e o delegado Paulo Henrique Martins de Castro e o promotor Marcus Túlio Nicolino já estavam dentro da residência do casal Natália e Guilherme, no Jardim Independência. Eles utilizam um boneco para simular o menino Joaquim, de 3 anos, morto na madrugada do último dia 5 de novembro.

A segurança próximo à casa, numa área de 800 metros, foi toda isolada e recebe reforço da cavalaria da PM. Mais de 50 policiais estão envolvidos na reconstituição do crime.

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Colete. Guilherme Longo usa um colete à prova de balas durante a reconstituição. No momento em que entrou na casa junto ao delegado e os peritos, foi recebido por vários populares com xingamentos e gritos de justiça. Muita gente cerca os principais cruzamentos que dão acesso à residência do casal em Ribeirão.

O caminho que Guilherme Longo vai percorrer durante a reconstituição será acompanhado por três cavalos da PM, posicionados na frente da casa. Em todos os seus depoimentos, Guilherme confirmou que teria saído durante a madrugada do dia 5 de novembro, data do desaparecimento de Joaquim, e andado cerca 1,5 quilômetro em busca de droga.

Seguro. O delegado confirmou que a polícia vai apurar a mensagem de texto que Guilherme enviou à Natália no qual cita uma apólice de seguro. Porém, afirmou que isso altera a linha de investigação. Já a defesa do padrasto alega não poder falar nada a respeito porque oficialmente não teve acesso ainda a essa informação.

Cronologia do caso:

Dia 5/11

Joaquim Pontes Marques, de 3 anos, desaparece após ter sido colocado para dormir em seu quarto, por volta da meia-noite, em Ribeirão Preto, interior de SP.

Dia 6/11

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O delegado Paulo Henrique Martins de Castro pede a prisão do casal.

Dia 7/11

A Justiça nega o pedido.

Dia 10/11

O corpo de Joaquim é encontrado no Rio Pardo. À noite, a Justiça decreta a prisão, por 30 dias, da mãe do padrasto. Exames do IML apontaram que não havia água nos pulmões da criança, o que afasta a hipótese de afogamento.

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