Polícia é chamada para retirar punks de prédio na USP

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Por CEDÊ SILVA
Atualização:

A Polícia Militar foi chamada anteontem para retirar punks que ocupavam um prédio abandonado pela administração da Universidade de São Paulo (USP) dentro da Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste da capital. A PM diz que cumpriu ordem judicial de reintegração de posse, mas a Reitoria nega que tenha feito o pedido.

A ação ocorreu após o Estado mostrar o acampamento montado por punks anarquistas e antifascistas no espaço. O imóvel continua sujo e com paredes e vidros pichados.

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O prédio é conhecido como Centro de Vivência da USP. Foi fechado para reforma em 2006 e reaberto em 2009 para abrigar lojinhas, a Farmácia Universitária, a FarmaUSP, e a Editora da Universidade de São Paulo. Mas foi invadido por estudantes logo após a entrega. Os alunos deixaram o local no ano passado. Lá funcionam as sedes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e da Associação dos Pós-Graduandos (APG).

Ontem, a PM esteve novamente no espaço, porque teria havido um "princípio de confusão" entre estudantes e agentes da Guarda Universitária. Convênio assinado em setembro do ano passado reforçou o policiamento no câmpus.

Após a saída dos ocupantes, trabalhadores sem uniformes pregaram tapumes para bloquear dois acessos ao prédio. Sobraram uma pequena entrada, que leva à cozinha, e outras que levam às salas do DCE e da APG. Seis guardas universitários vigiavam o serviço.

Estudantes próximos à Vivência não quiseram dar entrevista, mas falaram que não permitiriam o bloqueio do acesso à cozinha. Apenas um cavalete velho, facilmente contornável, fechava a entrada. Por volta de 20 horas, quando a reportagem deixou o câmpus, algumas pessoas levaram para dentro do prédio uma grande bacia. Pouco tempo antes, os homens que haviam pregado as placas de madeira deixaram o local em dois carros sem identificação.

A Assessoria de Imprensa da Reitoria diz que a polícia apareceu espontaneamente no prédio. Informou ainda que o local foi fechado para dar início a uma nova reforma. O destino do imóvel ainda não está decidido, mas ele deverá finalmente funcionar de acordo com a proposta original. / COLABOROU CARLOS LORDELO

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