07 de janeiro de 2012 | 03h03
A ação ocorreu após o Estado mostrar o acampamento montado por punks anarquistas e antifascistas no espaço. O imóvel continua sujo e com paredes e vidros pichados.
O prédio é conhecido como Centro de Vivência da USP. Foi fechado para reforma em 2006 e reaberto em 2009 para abrigar lojinhas, a Farmácia Universitária, a FarmaUSP, e a Editora da Universidade de São Paulo. Mas foi invadido por estudantes logo após a entrega. Os alunos deixaram o local no ano passado. Lá funcionam as sedes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e da Associação dos Pós-Graduandos (APG).
Ontem, a PM esteve novamente no espaço, porque teria havido um "princípio de confusão" entre estudantes e agentes da Guarda Universitária. Convênio assinado em setembro do ano passado reforçou o policiamento no câmpus.
Após a saída dos ocupantes, trabalhadores sem uniformes pregaram tapumes para bloquear dois acessos ao prédio. Sobraram uma pequena entrada, que leva à cozinha, e outras que levam às salas do DCE e da APG. Seis guardas universitários vigiavam o serviço.
Estudantes próximos à Vivência não quiseram dar entrevista, mas falaram que não permitiriam o bloqueio do acesso à cozinha. Apenas um cavalete velho, facilmente contornável, fechava a entrada. Por volta de 20 horas, quando a reportagem deixou o câmpus, algumas pessoas levaram para dentro do prédio uma grande bacia. Pouco tempo antes, os homens que haviam pregado as placas de madeira deixaram o local em dois carros sem identificação.
A Assessoria de Imprensa da Reitoria diz que a polícia apareceu espontaneamente no prédio. Informou ainda que o local foi fechado para dar início a uma nova reforma. O destino do imóvel ainda não está decidido, mas ele deverá finalmente funcionar de acordo com a proposta original. / COLABOROU CARLOS LORDELO
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