SÃO PAULO - O segundo ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, em vigor desde o dia 7, terminou em confusão e vandalismo na região do Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, na noite desta quarta-feira, 17. Um grupo de manifestantes usou lixo para montar uma barricada e bloquear vias. Em seguida, depredou uma agência bancária, abrigos de ônibus e caminhou pela Rua Pais Leme em direção ao Terminal Pinheiros. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
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Ao menos cinco pessoas foram detidas na Rua Pais Leme para averiguação por homens da Força Tática, mas foram liberadas. Outras três foram presas na Marginal do Pinheiros, na altura da Estação Pinheiros, ao tentar bloquear a pista local no sentido da Rodovia Castelo Branco. A PM usou bombas para dispersar os manifestantes - alguns fugiram para dentro do bairro.
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As perseguições ainda aconteceram nas ruas do Baixo Pinheiros, entre o Largo da batata e o terminal de ônibus. Bares da região fecharam as portas mais cedo. Em frente ao terminal, policiais jogaram bomba próximo à entrada do Coqueiro, o que assustou os clientes do estabelecimento.
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A concentração do protesto estava marcada para as 17 horas na Rua Itália, nos Jardins, na zona sul, endereço da casa do prefeito João Doria (PSDB). No entanto, duas quadras da via foram bloqueadas por homens da PM e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) à tarde. Dois blindados da PM permaneceram na região da casa do prefeito, e o trânsito de moradores ocorria mediante revista pessoal.
O MPL decidiu, então, alterar o local de concentração para o cruzamento das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Cidade Jardim e seguir para o Largo do Batata.
Os policiais pediram que os manifestantes ocupassem apenas o canteiro central da Faria Lima, para que a via não ficasse interditada durante um horário de trânsito intenso. A recomendação, porém, não foi atendida pelo MPL. A polícia, então, tentou convencê-los a liberar pelo menos uma faixa, mas eles não aceitaram
A polícia e o movimento não divulgaram quantas pessoas participam do ato, que contou com menos manifestantes do que na semana passada - quando a PM informou haver 1 mil e o MPL, 8 mil.
Durante a saída do ato, houve um princípio de confusão entre os próprios manifestantes. Movimentos estudantis brigaram por causa da posição de bandeiras.
Protestos
Este é o segundo protesto do MPL contra o reajuste de R$ 3,80 para R$ 4 no transporte coletivo. O primeiro, realizado na quinta-feira passada, 11, acabou em tumulto no centro da capital. A PM usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar um grupo que tentava invadir a Estação Brás da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para pular a catraca, após o término do ato.