
21 de março de 2012 | 23h51
ARAÇATUBA - Um arsenal, com armas de guerra e milhares de munições, avaliado em mais de R$ 1 milhão, foi apreendido pela Polícia Civil nesta quarta-feira, 21, num condomínio de luxo de Araçatuba, no interior de São Paulo.
Foram apreendidas cerca de 80 armas, entre revólveres, pistolas, espingardas e 21 fuzis e metralhadoras, além de caixas de munição para artilharia antiaérea. O material estava na casa do eletricista Marco Antonio Girao, que mantinha uma oficina, onde consertava e adaptava as armas para uso de silenciadores e lunetas. A polícia também apreendeu os tornos e equipamentos da oficina.
Na blitz, realizada depois de meses de investigação do setor de inteligência da Polícia Civil, também foram apreendidos quatro carros de luxo pertencentes ao eletricista. Adriana Girao, mulher do eletricista foi presa por porte de armas proibidas, embora tenha apresentado um Certificado de Registro, expedido pelo Exército, que autorizaria o marido a manter a oficina e a colecionar armas. O pai do eletricista também foi preso com uma pistola Glock sem documentação. O eletricista, que se encontrava foragido, é instrutor em clubes de tiro de Araçatuba e Birigui.
De acordo com o delegado Seccional de Araçatuba, Nelson Barbosa Filho, a polícia vai checar se o certificado é verdadeiro e se for, vai pedir a cassação do documento, porque o eletricista não poderia portar as armas proibidas -frutos de contrabando internacional- e com munições de artilharia antiaérea. "Além disso, as adaptações de armas para instalação de silenciadores são proibidas no Brasil", disse o delegado. Segundo ele, a polícia decidiu pela blitz p depois de confirmar que o eletricista estaria fornecendo armas para criminosos. A polícia também vai quebrar o sigilo de Girao para checar se a profissão dele rende recursos suficientes para justificar o seu padrão de vida e seu patrimônio. "Como ele poderia ter uma mansão num condomínio de luxo, carros de luxo e todas essas armas com um emprego de eletricista", diz o delegado.
A reportagem tentou falar com os pais de Adriana. Eles não quiseram dar entrevista e também se recusaram a dar o nome do advogado da família, que não foi localizado.
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