
14 de maio de 2009 | 09h19
Os quadros roubados no domingo - dois de Candido Portinari, um de Tarsila do Amaral e outro de Orlando Teruz - e encontrados em uma rua da Barra Funda estavam embrulhadas em papel pardo, segundo o delegado seccional Dejar Gomes Neto, responsável pelo caso. O policial levantou a hipótese de crime por encomenda. "Por causa da pressão da polícia, talvez quem tenha encomendado desistiu", disse.
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Polícia apresenta os quadros e as joias roubadas da casa da família Maksoud. Foto: Hélvio Romero/AE
Segundo a polícia, as obras foram deixadas próximo de um portão da Rede Record e funcionários da emissora foram avisados por uma ligação anônima do abandono. Ninguém foi preso. Fitas do circuito fechado de TV da Record serão requisitadas pela polícia. De acordo com a polícia e um membro da família Maksoud, não houve avarias. Sem proteção, as pinturas foram levadas por policiais até a Delegacia Seccional Centro, nos Campos Elísios.
Também foram apresentados 13 pacotes de bijuterias e dois relógios de pulso que, segundo a polícia, foram abandonados juntamente com as obras. "Várias peças estavam cortadas para verificar se eram folheadas ou se era ouro mesmo", afirmou Gomes Neto. Embora a polícia tenha divulgado que o material apresentado era parte das joias roubadas, a família, porém, confirmou serem bijuterias. Também não foram recuperados os cerca de R$ 2 mil em dólares que estavam no cofre. A polícia interpreta a devolução das obras como uma vitória da investigação.
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