21 de maio de 2010 | 00h00
A trapalhada, segundo o delegado do 6.º Distrito Policial, Fábio Ferrão, começou pouco antes das 6h, quando a PM foi acionada pelo 190 com uma denúncia anônima de que uma casa da Rua Mariano Procópio estava sendo assaltada. "Os PMs que atenderam à ocorrência disseram que o chamado mencionava três assaltantes. Um deles estaria em uma moto na frente da residência", diz o delegado.
Às 6h, ocorre a troca de turno dos seguranças da casa e o homem na moto era um policial militar que estava deixando o bico. A viatura da PM parou a cerca de 150 metros da casa. Um PM foi ao local a pé. Outro ficou na retaguarda.
"Ao ser abordado pelo PM em serviço, o vigia se assustou. Estava escuro, e ele disse que não conseguiu identificar o homem fardado", conta Ferrão. Foram cinco tiros, segundo os vizinhos. "Acordei com os disparos e ouvi alguém gritar "Ai, ai, me acertaram". Quando vi, tinha um homem caído", conta a cabeleireira Nilvania Pires Carvalho, de 28 anos. O salão dela fica ao lado da casa da filha de Zibia. O homem baleado é o PM na retaguarda. Ele ficou ferido no ombro.
O delegado diz que ainda não é possível identificar quem foi o autor do primeiro disparo.
Confusão. No meio do tiroteio, o segundo vigilante, que também é PM, ligou para o 190 para denunciar que a casa estava sendo assaltada. Oito viaturas foram ao local. "Foi um mal-entendido, quando as outras viaturas chegaram, os vigilantes saíram da casa e se identificaram como PMs." Procurada, a família Gasparetto não quis falar.
QUEM É
ZIBIA GASPARETTO: Autora de obras como Nada é por acaso, Vencendo o Passado e O amanhã a Deus pertence, Zibia Gasparetto, de 83 anos, é uma das maiores vendedoras de livros do País. Nascida em Campinas, tem quatro filhos e começou a escrever textos em forma de psicografia aos 22 anos.
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