
11 de novembro de 2011 | 03h03
Dividido em quatro carros, o grupo detido pela PF levava 11 pistolas, 5 granadas, 3 fuzis (um deles dourado) e quantidade não informada de munição e drogas, além de vários maços de dinheiro, radiotransmissores, relógios e correntes de ouro e laptops.
Eles enfrentaram a "carteirada" de uma suposta autoridade diplomática e recusaram o oferecimento de propina - que começou com R$ 20 mil e chegou a R$ 1 milhão - para liberar o carro onde estava um dos traficantes mais procurados do País, o chefe do tráfico na Rocinha, cuja recompensa pela captura oferecida pelo Disque Denúncia valia R$ 5 mil. Um delegado da Polícia Civil tentou assumir a ocorrência e levar Nem à 15ª DP. Mas os agente federais não concordaram.
"Mostramos que quem veste essa farda honra essa farda", disse o cabo André Souza, do Batalhão de Choque. O salário de um cabo da Polícia Militar do Rio não ultrapassa R$ 1.500. Ontem, em entrevista coletiva, eles foram apresentados como heróis e aplaudidos de pé pela cúpula da Segurança Pública. "Nós acreditamos na missão até o final. O suposto cônsul honorário mostrou a carteira e disse que nem em situação de guerra seria obrigado por um policial a abrir o porta-malas. Ele não colaborou em nenhum momento. Foi muito importante o apoio dos superiores, pois não ficamos intimidados", comentou o tenente Ronald Cadar. / PEDRO DANTAS
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