23 de agosto de 2011 | 00h00
ESPECIAL PARA O ESTADO
ARAÇATUBA
Os policiais militares do 9.º Batalhão de Marília, no interior paulista, cumpriram a promessa de emagrecer pelo menos uma tonelada em um mês. O desafio foi proposto pelo comando depois de uma pesquisa constatar que os soldados estavam gordinhos - 50% deles tinham sobrepeso e 18%, algum grau de obesidade. Entre os dias 6 de junho e 6 de julho, os PMs perderam 1,5 tonelada.
"Nossa campanha foi um sucesso, conseguimos ultrapassar a meta, chegando à média de dois quilos perdidos para cada soldado", afirma o comandante do batalhão, major Flávio Pádua Godoi. No total, 750 homens do batalhão, responsável por Marília e outras 25 cidades da região, participaram do desafio de emagrecimento.
Nesses 30 dias, eles cumpriram recomendações de médicos que os atendem em avaliações obrigatórias anuais, reduzindo o consumo de alimentos muito calóricos e fazendo exercícios.
Realizada pela Faculdade de Medicina de Marília (Famema), a pesquisa que originou o desafio constatou que 68% da corporação estava acima do peso e que 62% dos policiais com menos de 35 anos estavam nessa situação.
O estudo foi conduzido por três médicos, dois deles oficiais da PM. "A ideia era fazer com que os policiais militares não apenas perdessem peso, mas também passassem a praticar exercícios e a se alimentar corretamente, melhorando a qualidade de vida e, consequentemente, o serviço prestado à população. E foi exatamente o que aconteceu", diz Godoi.
Vitória. "Consegui perder 3,2 quilos, o que acho ótimo para enfrentar a minha batalha, que é emagrecer 10 quilos até o final do ano", disse o sargento Elói Torres Sabes, que sofre de hipertensão. "Ao fazer novos exames constatei que, além de emagrecer, consegui reduzir as taxas de triglicérides e de colesterol. Isso já é uma vitória importante", disse ele, que passou a caminhar mais e a fazer esportes.
Embora os dados individuais não estejam fechados, a coordenação observou que 15% dos policiais não conseguiram perder peso. Alguns até engordaram. Por isso, a segunda fase do programa será voltada para eles. As cinturas e os índices de massa muscular deles foram medidos e todos os soldados passarão por entrevistas individuais.
Fatores externos, como horários e locais de trabalho, serão investigados para saber se há alguma influência deles na alimentação e no modo de vida dos policiais militares. Além disso, o comandante do batalhão pretende manter ações voltadas para a saúde, como palestras e incentivo à prática de atividades físicas.
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