05 de novembro de 2013 | 13h22
SÃO PAULO - A Justiça Militar concedeu a liberdade provisória ao PM Luciano Pinheiro Bispo, de 31 anos, preso em flagrante no dia 27 de outubro após matar com um tiro o adolescente Douglas Martins Rodrigues, de 17 anos. Ele saiu do Presídio Romão Gomes da Polícia Militar na noite de segunda-feira, 4.
O caso gerou revolta na região do Jaçanã, na zona norte, na semana passada, com protestos nas 48 horas após a morte, que deixam a área em clima de tensão por saques, vandalismo e interdições na Rodovia Fernão Dias. Vizinhos reclamaram da truculência da abordagem do PM, que não teria dado nenhuma ordem antes de disparar contra a vítima, sentado no banco do carona. O suspeito afirmou à polícia que a arma disparou sozinha, enquanto ele se levantava do veículo.
A polícia autuou Bispo em flagrante por homicídio culposo. O inquérito saiu no dia 30 de outubro da Justiça comum para a Justiça Militar - os casos de homicídios culposos de policiais militares são julgados na Justiça Militar. Segundo a advogado Fernando Capano, ele pode pegar de um a quatro anos de prisão, de acordo com o Código Penal Militar.
"Nós ainda não vamos falar sobre a linha de defesa, pois não sabemos como será a denúncia do Ministério Público. Isso (prisão em flagrante) não quer dizer que ele seja denunciado por homicídio culposo", afirmou o defensor.
A decisão de liberar o suspeito foi dada pela 3ª Auditoria da Justiça Militar de São Paulo, após um pedido de liberdade provisória da defesa.
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