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PM e organizadores esperam réveillon sem manifestações na Paulista

Tradicional festa, que chega a ter um público de até 2 milhões de pessoas, é o primeiro grande evento desde os atos que tomaram as ruas da cidade em junho

Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

SÃO PAULO - A Polícia Militar e os organizadores do réveillon na Avenida Paulista deste ano esperam um evento sem manifestações e atos de vandalismo. O secretário municipal do Turismo e presidente da SPTuris, Marcelo Schmidt Rehde, afirmou em coletiva nesta sexta-feira, 20, que a Prefeitura acredita que, "pelas características do evento, não haverá manifestações". A tradicional festa na Paulista, que chega a ter um público de até 2 milhões de pessoas ao longo das suas sete horas de duração, é a primeira desde os atos que tomaram as ruas da cidade em junho.

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O tenente-coronel Fernando Bartasevicius, chefe da operação na virada do ano, comandará um efetivo entre 1.200 e 1.300 PMs e 150 veículos que deverão patrulhar a região da Paulista e revistar o público. Ele considera o risco de protestos violentos "baixo, mas não inexistente". Segundo o tenente-coronel, a PM está preparada com "medidas de contenção e monitoramento de grupos mal-intencionados".

A segurança também será reforçada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), no total de 3 mil agentes de segurança, somando os PMs. Os guardas fiscalizarão principalmente o comércio ambulante. Dentro dos 2 quilômetros cercados ao longo da avenida, não será permitida a entrada com materiais cortantes, fogos de artifício ou garrafas de vidro. Haverá 400 pontos de venda de comida e bebida.

A Playcorp, que realiza o evento há 16 anos, afirmou que não pode divulgar os valores gastos com a festa por causa de contratos de confidencialidade com os patrocinadores. A SPTur informou que pagou R$ 600 mil pelo evento. A programação usa incentivos da Lei Rouanet. Neste ano, o tema da virada será a diversidade de São Paulo, em comemoração aos 460 anos da capital paulista.

Preparativos. Os preparativos da festa já começaram, com a colocação de parte da estrutura metálica para os telões e equipamentos de luz e som. Após o dia 25 de dezembro, começa a retirada dos enfeites de Natal do palco para receber os shows, que incluem os artistas Toquinho, NX Zero e a escola de samba Mocidade Alegre. Cerca de 2 mil pessoas trabalharão em ritmo acelerado após o Natal para montar as 250 toneladas de estrutura metálica na Paulista. A Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) divulgará os desvios no trânsito durante a colocação dos materiais. Nesta semana, poderá haver o fechamento de faixas de ônibus na Paulista para as instalações.

Durante o evento, que vai das 19h30 do 31 de dezembro às 2h30 do dia 1º de janeiro,  a região da Paulista ficará isolada da Rua Augusta até a Avenida Brigadeiro Luís Antonio e da Alameda Santos à Rua São Carlos do Pinhal, segundo a PM. A Avenida Paulista será interditada a partir das 17h30 do dia 31, no sentido Paraíso-Consolação, entre a Rua Teixeira da Silva e a Rua Augusta e, no sentido contrário, entre a Rua Haddock Lobo e Rua Maria Figueiredo.

Transporte. A partir das 15h, as transposições da Paulista pelas Ruas Pamplona, Peixoto Gomide, Alameda Casa Branca, Alameda Eugênio de Lima e Avenida Brigadeiro Luís Antonio serão fechadas. As linhas de ônibus na área serão afetadas a partir das 22h do dia 30, já por causa da Corrida de São Silvestre, no dia 31.

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A organização do evento recomenda ir à festa de metrô. O Metrô orienta os usuários a comprarem o bilhete com antecedência. O embarque poderá ser feito por todas as estações até as 2h da manhã (na Linha-5 será até 0h). A estação Trianon-Masp não funcionará na virada e ficará fechada entre as 18h do dia 31 até as 4h40 do dia 1º.

Na região da Paulista, as estações Paraíso, Brigadeiro e Consolação permitirão embarque para atender quem estiver no show após as 2h. As demais estarão abertas apenas para desembarque.

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