08 de novembro de 2010 | 00h00
O Comando Geral da Polícia Militar diz ter reforçado o patrulhamento nas esquinas com maiores incidências de assaltos a motoristas e nas proximidades de estacionamentos, onde ladrões de veículos costumam agir.
É um tipo de crime que preocupa, já que, segundo o comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, 95% das pessoas que reagem ao assalto se dão mal.
Ele orienta as vítimas a manter o controle, não entrar em pânico e se preocupar apenas com a integridade física. Segundo o coronel, na maioria dos assaltos, o criminoso também está nervoso. "É por isso que é importante não reagir. Se o ladrão mandar descer do carro, obedeça. Se exigir a carteira ou bolsa, avise que vai pegar o objeto. Qualquer gesto brusco pode ser fatal."
Camilo acrescenta que a vítima nunca deve encarar o assaltante, porque eles temem ser reconhecidos. Se notar algo sob a roupa do bandido, é sinal quase certo de que ele está armado.
A vítima deve avisar a Polícia Militar depois que o assaltante já se afastou e, se possível, dar detalhes da roupa e das características dele, além de indicar o local para onde seguiu.
Sem diálogo. O delegado-geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, diz que a vítima não pode tentar convencer o criminoso a mudar de ideia e desistir do roubo. "O importante é ficar tranquilo. Quanto menos diálogo com o criminoso, melhor. Se ele exigir dinheiro, pergunte se pode pegar a carteira. Os ladrões geralmente estão nervosos e drogados. Muitos são inexperientes e atiram por qualquer motivo."
Dos 23 roubos seguidos de morte em veículos registrados no terceiro trimestre deste ano, dez foram à noite, nove à tarde, três de manhã e um em hora incerta.
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