A Polícia Militar do Estado de São Paulo vai receber até o final de abril mais 2.556 câmeras operacionais portáteis (Cop), conforme informou a Secretaria da Segurança Pública. O objetivo do Estado é terminar o ano com mais de 10 mil bodycams instaladas nos uniformes de policiais. Equipamentos estão associados à redução do uso da força e da letalidade de policiais.
As câmeras corporais podem transmitir em tempo real todas as atividades diárias dos profissionais de segurança. O investimento, segundo a SSP, para utilização dos equipamentos, incluindo a infraestrutura necessária para funcionamento do sistema, é de R$ 786 por bodycam ao mês (contrato de 30 meses).
Até agora, a Polícia Militar paulista já tem mais de 5.600 câmeras corporais em funcionamento. Outros 1.905 dispositivos serão integrados ao policiamento até o final de 2022, ultrapassando, assim, a marca das 10 mil.
Em julho, o Estadão mostrou que após a adoção das bodycams, a taxa de letalidade de 15 batalhões da Polícia Militar de São Paulo caiu para zero. A taxa geral de letalidade da corporação no Estado reduziu 53% em comparação com junho de 2020 e 54% em comparação com maio de 2021.
Há 134 batalhões e um Regimento de Cavalaria no Estado. Quatro no interior, três na Grande São Paulo e oito na capital receberam as câmeras em junho do ano passado. Outros dois já usavam câmeras desde agosto de 2020.
Já em setembro do ano passado, conforme apurou o Estadão, um estudo que analisou os efeitos de câmeras corporais em ocorrências com policiais militares de Santa Catarina, descobriu que os equipamentos levaram a uma redução de 61,2% no uso da força (como contatos físicos e uso de algemas) pelos agentes, com melhoria também na eficiência dos registros e encaminhamento dos casos.
Além de São Paulo e Santa Catarina, o uso de câmeras por policias também é realidade em Rondônia. O levantamento feito em fevereiro deste ano pelo Estadão, indicou que outros nove Estados realizam teste.