01 de outubro de 2009 | 13h03
Uma denúncia anônima levou a Polícia Militar a apreender cerca de 1,6 tonelada de fogos de artifício na manhã desta quinta-feira, 1º, que estavam escondidos dentro de uma funilaria e oficina mecânica instalada na Vila Pires, em Santo André, no ABC paulista.
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De acordo com a PM, o dono da oficina, identificado como Sebastião, afirmou ser cunhado de Sandro Luiz Castellani, de 40 anos, proprietário da loja de fogos de artifício que explodiu na semana passada. O homem ainda teria dito que os explosivos pertenciam a Castellani. Os fogos estavam cobertos com uma lona. Além de Sebastião, mais três funcionários da oficina estavam no local.
Os policiais levaram um caminhão pequeno para recolher o material apreendido, mas teve que chamar um caminhão-baú por ser muitos explosivos. Além dos fogos, também foram encontrados solvente, acetileno (para maçarico) e tinta - materiais inflamáveis -, provavelmente usados na oficina.
A explosão na Rua Américo Guazelli, na Vila Pires, deixou dois mortos no dia 24 de setembro - a empregada doméstica Ana Maria de Oliveira Martins, que trabalhava na casa nos fundos da loja, e Denian Castellani, primo de Sandro. Mais de dez pessoas ficaram feridas, incluindo a mãe do dono do estabelecimento.
O incidente teve início com explosões menores na Pipas&Cia., seguida de uma maior, que arremessou carros e atingiu grande parte das casas da rua. Quatro residências foram destruídas e outras 30 tiveram vidros quebrados, portas arrancadas e rachaduras. A explosão provocou um tremor que pôde ser sentido num raio de 1,5 km. Ao todo, 100 pessoas chegaram a ficar desalojadas.
(Com Renato Machado, de O Estado de S.Paulo, e Fabiana Marchezi, da Central de Notícias)
Atualizado às 15h22 para alteração de informações. A quantidade de explosivos encontrada é 1,5 tonelada e não 500 quilos como foi informado anteriormente.
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