Plano de alerta ainda não tem autorização de gastos

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Por Marta Salomon
Atualização:

Mais de 24 horas depois do anúncio oficial, a criação do Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais seguia ontem sem autorização de gastos para começar a sair do papel. O projeto aprovado pela presidente Dilma Rousseff prevê a compra de 15 radares meteorológicos e 700 pluviômetros, além de um complexo mapeamento de 800 áreas de risco do País. Para começar a funcionar na próxima temporada de chuvas, o sistema vai precisar de autorizações extras no Orçamento de 2011, no momento em que o governo analisa cortes de gastos. Responsável pelo plano, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, não divulgou estimativas. Na reunião com Dilma, falou-se em R$ 480 milhões. O mapeamento das áreas de risco exigirá aeronaves equipadas com sensores a laser, segundo o projeto ao qual o Estado teve acesso. O documento sugere a convocação de Batalhões de Engenharia do Exército para o trabalho, que o texto chama de tarefa "hercúlea". O Ministério da Integração Nacional encomendou um levantamento das áreas de risco à Universidade Federal de Santa Catarina.Depois disso, o supercomputador Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), processará informações, com apoio da rede de captação de dados meteorológicos.A rede de coleta de dados por satélites existentes vai precisar crescer e se modernizar, de acordo com o projeto. Alguns equipamentos têm vida útil vencida há mais de dez anos e operam de forma precária.

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