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Pivô do Mensalão do DEM acusado de pedofilia

Por Rui Nogueira
Atualização:

O ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa - pivô do escândalo do Mensalão do DEM - teve prisão preventiva pedida ontem por obstruir investigações, coagir testemunhas e prestar informações falsas em um processo no qual é acusado de pedofilia. O pedido foi feito pela delegada Adriana de Oliveira Aguiar, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.O pedido está com o juiz da 6.ª Vara Criminal de Brasília, Sebastião Coelho da Silva. Também foi pedida a prisão preventiva de Kelly Cristina Melchior de Souza Barbosa Rodrigues, mulher de Durval, e a prisão temporária de Cleuza Bento Rodrigues, empregada da família de Durval.O inquérito que fundamentou o pedido de prisão colheu indícios e provas de envolvimento de Durval e da mulher em crime de pedofilia. O inquérito foi aberto em fevereiro, a partir de denúncia da ex-mulher de Durval, a empresária Fabiani Christine Silva Barbosa Rodrigues. Ela acusa o ex-marido e Kelly de abusarem de duas crianças. Laudo elaborado por psicólogos da 1.ª Vara da Infância e da Juventude concluiu que houve abuso.Os advogados de Durval, Margareth de Almeida e Dante Teixeira Maciel, dizem que a acusação é parte de um processo de vingança de Fabiani, também denunciada pelo ex-secretário como beneficiária do esquema de corrupção montado no governo de José Roberto Arruda (DEM).Quebra de sigilo telefônico mostrou que Cleuza ameaçava as demais empregadas da casa a depor contra Fabiani. Durval também usou os policiais da escolta que o protege como testemunhas do caso do mensalão para investigar a ex-mulher e testemunhas do inquérito.Por comandar, com autorização de Arruda, esquema de arrecadação de propinas em contratos superfaturados, Durval fez acordo de delação premiada e transformou-se no principal denunciante da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2009. Durval gravou vídeos com políticos e empresários pagando e recebendo propina.

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