19 de julho de 2007 | 16h37
Questionado se a pista principal de Congonhas vai ser liberada na sexta-feira, Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica disse, em entrevista à rádio CBN, que o mais "prudente é que ela continue fechada até que sejam concluídos todos os testes", mas que concorda que ela esteja liberada na sexta-feira, como inicalmente previsto, caso esteja "seca ou úmida". Kersul disse ainda que a pista estava dentro dos parâmetros previstos, mas que "ninguém está isento". "A pista não está isenta. Nem a aeronave, nem a meteorologia. Todos estão sendo investigados". A entrevista foi marcada por várias perguntas sobre processo de arremeter. Na opinião do brigadeiro, "arremeter é algo normal e um piloto só faz o processo porque os passageiros corriam risco caso não tomasse a atitude". "O que podemos afirmar com certeza é que o avião não manteve a linha normal do pouso. Por alguma razão, essa aeronave não manteve, depois de pousar, a linha central da pista. Ela continuou a deslizar na pista, passou para a grama e atingiu o prédio". Kersul Filho também falou sobre a falta de ranhuras da pista de Congonhas, chamadas também de "grooving". "O grooving é mais um fator que auxilia o escoamento da água. O grooving facilita o escoamento, mas ele não tem ligação com a capacidade da aeronave de frear em uma determinada distância. A pista poderia operar tranqüilamente sem grooving". "As pistas têm marcas que permitem que o piloto tenha uma noção de quanto ela já foi consumida", disse. "O piloto olha para a velocidade, sabe o peso que a aeronave está, tem a noção de distância e ele sabe: daqui para lá eu arremeto", explicou. Aas caixas-pretas do avião estão indo para os Estados Unidos, onde passarão por perícias, finalizou Kersul.
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