15 de agosto de 2013 | 02h49
Mesmo usando capacete e luva como equipamentos de proteção, a intensidade do impacto da moto de Santos com o carro envolvido no acidente fez o pintor ser lançado a mais de dez metros de distância. Resultado: fratura exposta na perna esquerda, uma extensa cirurgia, pinos para imobilizar a perna e ao menos seis meses de licença, sem poder trabalhar.
Apesar de usar a moto como meio de locomoção havia mais de três anos, Santos não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para guiá-la. Ele aprendeu a dirigir motos com um amigo, nunca tinha sofrido acidentes anteriores e, por isso, não via necessidade de ter o documento. "Não tinha medo de sofrer acidente porque usava a moto só para ir e voltar do trabalho, em trajetos curtos, de cerca de 20 minutos", diz.
Ele é um exemplo que ajuda a entender as estatísticas da pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas, que apontou que 23% das vítimas de acidentes com moto não tinham CNH.
"Eu paguei R$ 3 mil na moto e ainda estava quitando as parcelas, por isso não tinha dinheiro para pagar autoescola", justifica o pintor, que afirma ter se arrependido.
Como ele não era habilitado, a moto foi apreendida. Para recuperá-la, ele terá de pagar uma multa, além dos dias em que a moto está parada no pátio - algo em torno de R$ 2 mil, além dos R$ 600 para arrumá-la. "Me arrependo muito. Agora não posso trabalhar e a moto está presa. Vou gastar praticamente o preço que paguei nela para tê-la de volta."
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