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Pilotos se recusam a pousar em Congonhas, diz Infraero

Aeronáutica rebate dizendo que pilotos não tinham treinamento específico para pousar em neblina

Por Camilla Rigi
Atualização:

Segundo a Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportuária (Infraero), 17 pilotos que deveriam pousar em Congonhas, na manhã desta sexta-feira, 20, se recusaram a aterrissar por conta do forte nevoeiro que atingia a região do aeroporto, entre as 6h28 e as 9h28. Entre as 6h28 e as 9h28, Congonhas, que está funcionando apenas pela pista auxiliar, desde de o trágico acidente com um Airbus A320 da TAM, na terça-feira - em que mais de 190 pessoas morreram -, operou apenas por instrumentos (navegação por satélite). Segundo a Infraero, este seria o motivo da recusa dos pilotos. Segundo a Aeronáutica, os pilotos não teriam se recusado a pousar. Aeronaves comerciais regulares podem pousar em situações de nevoeiro apenas quando têm certificação e os pilotos receberam treinamento adequado para a situação. Dos 17 pilotos que teriam se recusado a pousar em Congonhas, 10 foram transferidos para Cumbica, em Guarulhos, seis pousaram em Viracopos, em Campinas, e um que vinha do Galeão, no Rio de Janeiro, voltou para o aeroporto de origem. Nos bastidores, comenta-se que os pilotos teriam usado a freqüência criada desde o início da crise aérea para falar sobre as condições de pouso em Congonhas para acertar a recusa de pouso. No entanto, a Aeronáutica refuta a hipótes e explica que o teto em Congonhas estava abaixo dos 500 pés e quem não tem treinamento para pousar nestas condições não pode. Depois das 9h29 as condições climáticas em Congonhas começaram a melhorar. Ainda de acordo com informações da Aeronáutica, às 9h47, Congonhas recebeu a primeira aeronave que tinha homologação para o pouso e o piloto havia recebido o treinamento específico.

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