
05 de dezembro de 2010 | 00h00
Desde a primeira vez que veio ao Brasil, nos anos 1960, a urbanista argentina e professora da Universidade mexicana Colegio de Mexico Martha Schteingart achou São Paulo uma cidade moderna. A opinião da urbanista, que esteve na capital paulista em novembro, continua a mesma. Para ela, que veio firmar um convênio de estudos comparativos entre a Cidade do México e São Paulo, a semelhança entre as duas metrópoles vai além do tamanho.
Trânsito. "Ao mesmo tempo que há uma grande quantidade de carros, há uma grande dificuldade de locomoção nas duas", diz a urbanista. "Antes, tínhamos os congestionamentos em horas específicas do dia. Hoje, a hora certa de sair está cada vez mais incerta. Toda hora podem aparecer dificuldades."
Protesto. As pichações nos prédios paulistanos atraíram a atenção da professora na visita. Segundo ela, o número de traços feitos pelos jovens aumentou desde suas últimas passagens pela capital paulista. "Isso é sujar os prédios", reclama. Ela refuta a tese de que esses desenhos sejam feitos por jovens querendo delimitar a área de seu grupo. "Isso é uma falta de identidade." Martha tenta entender as razões que levam pessoas a escalar prédios para deixar suas marcas. "Acho que é algum ato de protesto contra a exclusão", diz.
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