PF prende suspeito de participar da execução de líderes do PCC

Jefte Ferreira foi encontrado em Itanhaém, no litoral paulista; ele é suspeito de envolvimento nas mortes de Gegê do Mangue e Paca

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Um homem suspeito de envolvimento nas mortes de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, em fevereiro do ano passado, no Ceará, foi preso pela Polícia Federal, nesta quarta-feira, 16, em Itanhaém, no litoral sul do Estado de São Paulo. Jefte Ferreira dos Santos estava foragido desde o primeiro semestre do ano passado, quando a Justiça cearense expediu mandado de prisão contra ele. Gegê e Paca eram lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora dos presídios.

Santos foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo Foto: Polícia Federal/Divulgação

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No pedido de prisão, o Ministério Público do Ceará alegou que Santos contribuiu com a logística e no transporte dos executores. Ele teria reservado o hotel, em Fortaleza, e recepcionado parte da quadrilha que atuou diretamente nos assassinatos. O suspeito foi preso em uma casa de praia, onde estava com a namorada na cidade litorânea, e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, depois de passar por exames no Instituto Médico Legal (IML). Ele estava desarmado, mas a PF apreendeu celulares que vão passar por perícia. Santos deve ser transferido para o Ceará, onde ocorrem as investigações sobre o caso. 

Gegê e Paca foram assassinados no dia 15 de fevereiro de 2018. Os corpos foram achados na manhã seguinte, em uma mata, na área de uma reserva indígena, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza. Testemunhas relataram à polícia que um helicóptero pousou em uma clareira e em seguida foi ouvida uma sequência de disparos. A motivação para os crimes ainda é investigada. A suspeita é de que Gegê estivesse desviando dinheiro das operações que comandava em nome da facção para levar uma vida de luxo, comprando carros, imóveis e joias.

A ordem para a execução teria partido da Penitenciária 2, de Presidente Venceslau, onde está preso o líder máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Gegê estava condenado a 47 anos de prisão por homicídio qualificado e formação de quadrilha armada, e era procurado pela polícia. Mesmo assim, intermediava a compra de carregamentos de drogas, no Paraguai, para abastecer a facção.

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