16 de junho de 2011 | 00h00
Mais de 11 mil passaportes emitidos no País desde o início de março terão de ser trocados. O documento, das primeiras séries feitas com chip pela Casa da Moeda, tem um defeito que impede a leitura de sinais gráficos, como acentuação.
A Polícia Federal começou em abril um recall dos passaportes e os prejudicados são contatados por agentes federais. Cerca de 5 mil pessoas já fizeram a troca.
Os 11.601 passaportes com defeito saíram da Casa da Moeda entre 2 de março e 6 de abril, em meio a uma leva de 170 mil documentos que foram mandados para todo o País. O software que insere os dados do portador do documento não reconheceu os sinais gráficos, o que levou a diferenças entre os dados lidos no chip e os que estão na versão impressa. Os problemas, no entanto, são pequenos, de acordo com a PF. João, por exemplo, apareceria como Joao. Ou nome composto com hífen teria os dois nomes separados.
As embaixadas e consulados brasileiros foram informados do problema pelo Itamaraty, para o caso de alguém ter dificuldade ao entrar em outro país por conta das diferenças. Até agora, no entanto, não houve registro de casos. A PF garante que quem recebeu os passaportes defeituosos pode viajar antes de fazer a troca, se tiver algo marcado.
Lista com os números de identificação dos passaportes com falha foi publicada pela PF. No entanto, o órgão afirma que os prejudicados não precisam procurar os postos para fazer a troca. Agentes estão ligando para todas as pessoas para marcar uma data para a feitura de novo documento, sem custo. A troca deve ser feita no mesmo posto onde o passaporte foi tirado.
O passaporte com chip começou a ser emitido em dezembro de 2010, em um projeto-piloto em Brasília, Porto Alegre e Goiânia. Em fevereiro, a emissão foi estendida para todo o País. Outros dispositivos de segurança também foram acrescentados, como marca d"água e fundo invisível.
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