28 de janeiro de 2012 | 03h01
Teriam sido contratados 21 vigilantes privados para atuar no bairro. Os vigias usavam, segundo denúncias, cassetetes e rádios HT, sem licença da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Eles agiam como se estivessem em uma área privada.
A ação da PF na empresa foi realizada na quarta-feira passada, dia 25. "Fizemos uma operação de fiscalização para constatar denúncias de que havia uma atividade irregular, com homens fardados, usando rádio e fazendo serviço de segurança", disse Saint Clair Zonta Junior, escrivão da PF.
Segundo o policial, foi lavrado auto de encerramento de atividade irregular da empresa e um inquérito deverá ser aberto para apurar o uso de rádios sem autorização da Anatel. Os vigias foram proibidos de fazer rondas até o esclarecimento da questão.
Defesa. Uma funcionária da Associação Amigos de Itamambuca, que não quis se identificar, negou ontem que houvesse vigilantes atuando em nome da entidade. A funcionária disse que não existia nenhuma empresa de segurança no bairro. "Eles prestam serviço de zeladoria e quem faz a ronda é a Polícia Militar", afirmou a funcionária.
Ela também negou irregularidades no uso de rádios HT e disse que a associação tem licença da Anatel, com validade até 2019. A associação emitiu um comunicado aos moradores, no qual afirma que "tem plena convicção de que sempre agiu e agirá dentro dos princípios da legalidade e obediência a todas as normas e determinações".
Serviços de segurança privada têm de ser autorizados pela Polícia Federal e, de acordo com a legislação vigente, seguranças particulares não podem realizar rondas em áreas públicas.
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