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PF fará operação-padrão em aeroportos na 5ª

Agentes vão alertar população para insegurança nos terminais do País e prometem checar documentação e bagagens de todos os passageiros

Por BRASÍLIA
Atualização:

Policiais federais prometem fazer na próxima quinta-feira, dia 19, uma operação-padrão nos aeroportos brasileiros como forma de protesto contra as terceirizações em funções exclusivas da Polícia Federal (PF). De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, o objetivo é chamar a atenção do governo sem trazer prejuízos aos usuários dos aeroportos.Wink disse que as funções exclusivas da Polícia Federal estão sendo paulatinamente terceirizadas pelo governo. "O terceirizado deveria ser usado para as atividades-meio, nunca para as atividades-fim. Estão tentando terceirizar as pessoas para exercer uma atividade de policial, como autorizar a entrada de estrangeiros no País."No dia da operação-padrão, os policiais vão alertar a população para a insegurança nos aeroportos e checar a documentação e bagagens de todos os passageiros que desembarcarem ou embarcarem no País. "Esse trabalho deveria ser rotineiro, mas por falta de efetivo não é feito. A gente está fazendo isso para mostrar a precarização do serviço da Polícia Federal." Para o presidente da Fenapef, além da falta de condições para trabalhar, os policiais também são atingidos pela falta de reajuste salarial. "De 2002 para cá, a Polícia Federal teve o menor índice de reajuste salarial. Teve 78% de reajuste, ao passo que outras instituições tiveram 400% de aumento. Somos o grupo que tem o menor salário dentro do executivo."Atualmente, o salário inicial de um agente da PF é de aproximadamente R$ 7,5 mil.Assembleia. A associação promete para a próxima semana uma assembleia-geral para decidir quais serão os próximos passos do movimento. Segundo Wink, a categoria pode decidir, ainda, se começará uma greve. "Vamos nos reunir e ver o que fazer. Uma greve não está descartada." A Superintendência da Polícia Federal foi procurada, mas não havia se manifestado até a noite de ontem. / AGÊNCIA BRASIL

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