
27 de agosto de 2010 | 00h00
"Isso não passa de uma piada de muito mau gosto. Estamos levantando as informações necessárias para tomar medidas judiciais cabíveis", afirmou Julio Mitsuo Fujiki, delegado da Polícia Federal de Guajará-Mirim.
Chefe de gabinete da prefeitura da cidade, Décio Keher Marques disse ao Estado que o lugar descrito "não existe".
No fim da tarde de ontem, o prefeito Atalibio José Pegorini comunicou, por meio de nota oficial, desconhecer a existência de um estabelecimento desse tipo "que fira os bons costumes e as legislações municipal, estadual e federal". Segundo a nota, uma comissão de investigação foi montada e o município cobrará judicialmente os danos causados à imagem da cidade. "Já acionamos a Polícia Federal e a Interpol", afirmou Marques.
O restaurante teria como inspiração gastronômica o hábito antropofágico dos índios Wari. E serviria carne humana proveniente de doações. O suposto dono se identifica como Eduardo Amado.
No site do restaurante - hospedado na Inglaterra e escrito em português de Portugal -, há um cadastro para quem quiser "associar-se".
Após responder a perguntas do tipo "é fumante?", há a seguinte observação: "Os membros associados do Flimé concordam em doar para o Flimé qualquer parte de seu corpo, que será determinada pelo próprio associado. O Flimé assumirá apenas os custos hospitalares."
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.