Pezão afirma que Cesp aumentou vazão do reservatório do Jaguari

De acordo com o governador do Rio, a Cesp aumentou a vazão do reservatório de 10 metros cúbicos para 30, como determinou o ONS

PUBLICIDADE

Por Thaise Constancio
Atualização:
"No que São Paulo precisar de ajuda, nós vamos ajudar, mas sem prejudicar Minas ou Rio", disse o governador Foto: Tiago Queiroz/Estadão

RIO - A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) aumentou, nesta sexta-feira, 15, a vazão do reservatório do rio Jaguari de 10 metros cúbicos por segundo para 30 m³/s, como determinou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na terça-feira, 12, segundo informações do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Ele comentou a decisão e manteve a postura de dialogar com o governo paulista e os órgãos federais. O Secretário de Energia de São Paulo desmentiu a afirmação de Pezão e disse que vazão não aumentou.

PUBLICIDADE

"Hoje a Cesp liberou a vazão que foi acordada com as agências reguladoras, o ONS e a (concessionária de energia do Rio) Light. Ninguém quer prejudicar São Paulo, mas os interesses do Rio e de Minas Gerais têm que ser colocados na mesa de discussão para dialogarmos".

Ele acrescentou que o Complexo de represas de Ribeirão das Lajes, que inclui a usina hidrelétrica de Santa Cecília, não gera apenas energia elétrica, mas integra o sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana do Rio e da Capital. "É fundamental manter a vazão acordada (30 m³/s no reservatório de Jaguari)".

Pezão afirmou que tem conversado constantemente com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e mantém a confiança na atuação dos órgãos federais e da Agência Nacional de Águas (ANA), entidade responsável por regular os usos da água.

"Não é uma guerra. Temos que seguir as leis, o que a ANA e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinam. No que São Paulo precisar de ajuda, nós vamos ajudar, mas sem prejudicar Minas ou Rio. Ninguém quer prejudicar ninguém. Vivemos um momento difícil, de seca e precisamos dar as mãos, sentar em uma mesa (para conversar) e chegar a um bom termo".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.