19 de fevereiro de 2012 | 03h03
"A prestação de contas é responsabilidade da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, visto que o patrocínio é incentivado via ICMS", explicou a Petrobrás, ressaltando que já prestou todas as informações e esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público do Estado do Rio.
A estatal ainda informou que o patrocínio às escolas intermediado pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) se dá pelo projeto "Samba Carioca, Patrimônio Cultural do Brasil" - que consiste na realização por um ano de ações culturais e de valorização do samba.
Questionada sobre o fato de patrocinar entidade e agremiações controladas por contraventores, a empresa alegou que "tem um relacionamento institucional com a Liesa, do mesmo modo que diversas empresas, veículos de comunicação e instituições públicas que apoiam projetos específicos ou o próprio carnaval do Rio de Janeiro".
Também por nota, o governo do Rio informou que o objetivo do convênio com a Liesa é "ajudar no financiamento do evento mais importante do Brasil e o mais famoso no mundo". E cabe à Secretaria de Estado de Turismo analisar as prestações de contas.
Sobre o fato de as escolas terem contraventores presos e foragidos, o governo do Rio argumentou que o "Estado não pode penalizar qualquer escola de samba e os seus integrantes por força da situação pessoal de alguns de seus membros". A Prefeitura do Rio alegou que os eventos do "Viradão do Momo" são confirmados apenas por fotografias dos shows e das atividades culturais promovidas pelas escolas. A prestação de contas, segundo a prefeitura, é a própria realização dos eventos. /ALFREDO JUNQUEIRA
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.