
08 de dezembro de 2009 | 20h37
O Rio Tietê voltou nesta terça-feira, 8, a estar no epicentro do caos provocado pelas fortes chuvas que atingiram a capital paulista e, mais uma vez, serviu de bandeira política para a disputa pré-eleitoral que vem sendo travada, sobretudo por PT e PSDB. No microblog twitter, lideranças do PT, como o deputado José Eduardo Cardozo (SP) e o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), voltaram a criticar a gestão tucano-democrata.
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Cardozo afirmou que "a situação calamitosa em São Paulo tinha três razões: condições climáticas, falta histórica de planejamento urbano e descaso das autoridades". Berzoini preferiu dizer que os gastos em propaganda previstos no Orçamento da Prefeitura, administrada pelo democrata Gilberto Kassab, um dos principais aliados do virtual candidato tucano à Presidência nas eleições de 2010, José Serra, superam em muito o previsto para investimentos em obras e gerenciamento de áreas de risco. "São Paulo está parada de novo por causa da chuva. A gestão Kassab aumenta o IPTU, aumenta a despesa com propaganda e não cuida da cidade."
As obras de ampliação das faixas das Marginais Tietê e Pinheiros também estiveram no foco das críticas. O Rio Tietê, uma das grandes bandeiras da administração tucana na cidade, deve continuar rendendo polêmica e muita discussão. Do lado dos tucanos e democratas, o porta-voz foi o próprio prefeito Kassab, que atribuiu o caos provocado pelo alagamento das marginais à forte intensidade das chuvas. O ex-secretário das Subprefeituras da gestão Kassab, o tucano Andrea Matarazzo, também seguiu na mesma linha de atribuir os alagamentos ao elevado volume de chuva em um único dia.
Este é o segundo grande alagamento do Rio Tietê neste ano. Em setembro, as fortes chuvas também provocaram interdições em vários pontos das marginais. Na ocasião, o governo paulista descartou que os pontos de alagamento tivessem relação com as obras que estão sendo executadas e a explicação foi também o volume elevado de chuva.
Outro grande alagamento que parou a cidade de São Paulo ocorreu em maio de 2005, na gesto tucana de Geraldo Alckmin, ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento do governo Serra. Na época, coincidentemente também um ano pré-eleitoral, Alckmin lançava as bases para sua candidatura à Presidência da República e a Prefeitura era administrada por José Serra, que também se preparava para a disputa ao governo do Estado.
As imagens da inundação serviram de munição para os adversários dos tucanos, sobretudo o PT, atacarem em suas propagandas a gestão em torno do Rio Tietê, que era uma das grandes bandeiras tucanas.
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