
26 de maio de 2013 | 02h05
Mas ele é haitiano e, assim como grande parte da população de seu país, sofreu as catastróficas consequências do terremoto que, três anos atrás, devastou cidades como Porto Príncipe.
Natural de Gonaïves, Alcine teve de abandonar a carreira - após um período de enfermidade - e buscar alternativas para a subsistência fora do Haiti, onde a economia se estilhaçou. Saiu, assim, dos gramados, nos quais estreou aos 11 anos de idade. Dois meses atrás, conseguiu o mais novo emprego, como pedreiro na requalificação viária das imediações do Itaquerão, na zona leste.
Bem ao lado do futuro estádio do Sport Club Corinthians Paulista, o haitiano trabalha diariamente, a partir das 7h30, para construir ruas que facilitarão o acesso à futura arena, onde sonha jogar. "Já tenho o visto, mas não conheço ninguém no Brasil para me dar a chance de participar de um teste em um time profissional. Quero mostrar que sou bom de bola."
Como ele, outros haitianos são atraídos pela aquecida economia brasileira e pela identificação com o País, na qual a paixão pelo futebol tem papel de destaque. /C.V.
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