
15 de julho de 2010 | 00h00
Foram apreendidos ainda "outros objetos úteis para a investigação", segundo o delegado Edson Moreira, incluindo documentos e um capacete. De acordo com uma das versões, Bola, estaria em uma moto quando se reuniu ao grupo liderado por Bruno, no dia 9 de junho. Foi apreendido também um computador. "Temos de ver o que tem nessa CPU", disse Moreira.
GPR. Durante a tarde, a expectativa era de que supostos restos mortais de Eliza poderiam ser encontrados na casa mas, após seis horas, as buscas foram encerradas. Na operação, os policiais contaram com a ajuda de profissionais e de um equipamento do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais, chamado GPR, uma espécie de radar que fez varreduras no solo e paredes da residência.
A intenção era averiguar se os ossos da jovem teriam sido "concretados" no imóvel, como descreveu o adolescente J. em depoimentos. Dois cães farejadores participaram das buscas e indicaram possíveis vestígios debaixo de uma escada. O GPR apontou também que o chão estaria oco e com cheiro forte, mas nenhum vestígio humano foi localizado. "Como ele apontava e nós não conseguíamos encontrar, resolvemos recolher para analisar."
PARA ENTENDER
1.O que se sabe do sumiço de Eliza Samudio?
Ela desapareceu em 9 de junho, após contato com uma amiga. Estaria buscando um acordo com Bruno Fernandes sobre a paternidade do filho, de 4 meses. A suspeita é de que ela tenha sido sequestrada e mantida em cativeiro em Minas por cinco dias.
2.Quem são os suspeitos?
Bruno Fernandes, Luiz Romão (o Macarrão, braço direito de Bruno); Dayanne Souza (mulher do goleiro); Sérgio Rosa Sales (primo); J. (adolescente, primo); Flávio Caetano de Araújo (amigo), Wemerson Marques de Souza (o Coxinha, amigo); Elenilson Vitor da Silva (caseiro do sítio) e Bola (suposto executor).
3.Quais os indícios recolhidos até agora?
A localização do bebê, hoje com 5 meses - ele foi ocultado pela mulher de Bruno e por outros suspeitos; exames de DNA que mostram que os vestígios de sangue na Range Rover de Bruno eram de Eliza; objetos e roupas dela apreendidos no sítio e na Range Rover do goleiro; depoimentos do menor J. e do outro primo de Bruno, Sérgio, que mostram que o atleta pelo menos sabia do sequestro; vestígios de sangue em um quarto na residência do sítio do goleiro.
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