Perícia indica que telas achadas na Barra Funda são autênticas

Quadros roubados de uma mansão nos Jardins foram abandonados perto da linha do trem na Rua da Várzea

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Por Redação
Atualização:

Telas de Tarsila do Amaral e Orlando Teruz, achadas na Barra Funda. Foto: Werther Santana/AE

 

As quatro telas encontradas na noite da terça-feira, 12, são as mesmas que foram roubadas de uma mansão nos Jardins no domingo. Os quadros passaram por perícia na manhã desta quarta-feira, 13, e são 'Figura em azul', de Tarsila do Amaral, 'O Cangaceiro' e 'Retrato de Maria', de Cândido Portinari, e 'Crucificação de Jesus', do pintor Orlando Teruz.

 

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Uma pessoa da família Maksoud - dona da casa assaltada na manhã do domingo - foi até a delegacia que investiga o caso e reconheceu os quadros e as joias roubadas, mas não se identificou à imprensa. As obras são avaliadas em mais de R$ 3,5 milhões, mas não há informações precisas sobre o valor das joias que foram levadas da família.

 

 

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Os quadros foram abandonados próximas à sede da TV Record, na região da Barra Funda, zona oeste da capital paulista. As telas estariam embrulhadas em papel pardo quando foram encontradas encostadas no muro da CPTM, na Rua da Várzea. Os quadros foram encontrados por funcionários da Rede Record, que receberam uma denúncia anônima de que as telas haviam sido abandonadas próximo à sede da emissora, de acordo com a polícia.

 

"Esses quadros foram localizados por funcionários da Rede Record, por três vigilantes que receberam uma denúncia anônima de que os quadros foram abandonados perto da portaria. Eles foram até o local, pegaram esses quadros, levaram até o interior da imprensa e depois acionaram a polícia", afirmou o supervisor do Grupo de Operações Especiais (GOE), Mário Palumbo Júnior. A ligação ao telefone do PABX da empresa, atendida por um dos seguranças, teria sido feita por volta das 23h30.

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Os três vigias que encontraram as obras já prestaram depoimento na sede da 1ª Seccional Centro. Até o final da madrugada, uma viatura policial preservava o local onde os seguranças disseram ter encontrado as obras, na Rua da Várzea. Lá, havia papel pardo, papelão, plástico e jornais. Entretanto, a equipe de reportagem da Central de Notícias havia passado pelo mesmo local mais cedo, por volta da 1h50, e esses materiais não estavam lá na ocasião.

 

O roubo

 

As telas foram roubadas de dentro da mansão de Ilde Maksoud, de 80 anos, ex-mulher do empresário Henry Maksoud, dono do hotel Maksoud Plaza. As três primeiras telas estão avaliadas em R$ 3,5 milhões.

 

Ilde, a nora Maria Paula e quatro funcionários foram mantidos reféns por cerca de uma hora. Os criminosos conseguiram entrar na casa após enganarem o vigia. Um homem tocou a campainha e disse que levava uma entrega de flores para Ilde, de presente do Dia das Mães. A residência não tinha sistema de segurança e nem alarme,

 

Além das obras, os assaltantes levaram cerca de 2 mil em notas de reais e dólares e joias. Na última terça-feira, 12, a Polícia Civil divulgou os retratos falados de três integrantes da quadrilha que praticou o roubo.

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