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Perícia fará inspeção em brinquedo onde estudante passou mal

Estudante morreu de edema depois de passar mal dentro do brinquedo onde pessoas levam sustos no Hopi Hari

Por Tatiana Favaro
Atualização:

Peritos da Polícia Técnica de Campinas farão nesta terça-feira, 2, a inspeção da atração Labirinto, no parque temático Hopi Hari, no quilômetro 72 da Rodovia dos Bandeirantes (sentido interior). Labirinto é brinquedo no qual teria passado mal o estudante Arthur Wolf, de 15 anos, que morreu na última sexta-feira, 28, após deixar o parque e ser levado para o pronto-socorro do Hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí. O Instituto Médico Legal de Jundiaí (IML) apura a causa da morte. Em laudo preliminar o IML indicou morte por edema pulmonar (acúmulo de água nos pulmões). A estimativa do diretor do IML, José Roberto Asta Bussamara, é de que o laudo saia em um prazo de 20 a 30 dias. A atração montada para a temporada da Hora do Horror (entre 3 de agosto e 30 de setembro) deveria ter sido desmontado nesta segunda-feira. O parque informou, por meio de assessoria, que o brinquedo só será desativado após a perícia. Até segunda-feira, a informação era de que a inspeção seria feita por peritos de Jundiaí, responsáveis pela área do shopping Serra Azul, ao lado do parque. Mas segundo informou o diretor da Polícia Técnica de Jundiaí, Wilson Pereira, Campinas assumiu o caso porque o Hopi Hari está em área do município de Vinhedo. "Ali é uma divisa tumultuada. Quem chega primeiro, atende. O Serra Azul e o hotel do outro lado da pista, considerada área de Itupeva, são nossos. Estive em Campinas e ficou decidido que os peritos de lá é que farão os trabalhos", afirmou. A Polícia Técnica de Campinas ainda não tinha informações sobre prazos para emissão do laudo sobre o brinquedo. A atração era um corredor de aproximadamente 130 metros no qual atores disfarçados de monstros davam sustos nos visitantes. Nos ambientes do labirinto havia uma fumaça de gelo seco. De acordo com a assessoria do parque, técnicos do Hopi Hari informaram que a quantidade de fumaça produzida ali dentro é pequena para provocar qualquer tipo de reação alérgica e o funcionamento do brinquedo, nesses moldes, teria sido aprovado pelo Corpo de Bombeiros. O parque informou que, desde 3 de agosto, 65 mil pessoas passaram pela atração e nenhum caso de mal-estar foi registrado.

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