Perfil jovem dos bandidos preocupa especialistas

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Por Redação
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Cenário: William CardosoQuadrilhas formadas por jovens, muitos menores de idade, que não usam armamentos pesados. Esse é o perfil dos bandidos que têm assombrado os clientes de bares e restaurantes da capital nos últimos meses. Na maioria dos casos, eles chegam em dois carros, dominam manobristas e não levam mais do que cinco minutos para roubar os clientes e fugir. Segundo a polícia, a violência física não faz parte do repertório de coerção dos criminosos. São agressivos somente com os caixas, quando eles apresentam alguma resistência ao entregar o pouco dinheiro que está ali.Mas o fato de serem bastante jovens preocupa quem acompanha a segurança pública, principalmente por costumarem ser mais imprevisíveis que ladrões experientes. Para os especialistas, grande parte deles é de pessoas descontroladas, que podem estar sob efeito de álcool e drogas. Os mais jovens geralmente têm menos controle e ficam mais nervosos - ladrão experiente sente menos a pressão durante os assaltos.Esse tipo de criminoso também não busca, necessariamente, os dias com maior movimento para praticar arrastões. Para eles, mesmo com poucos clientes, já há motivo para assaltar. Por serem principiantes, contentam-se com qualquer produto eletrônico.O fato de não usarem fuzis e armamento pesado não dá margem para que os clientes reajam. "Tivemos alguns casos que foram com armas de brinquedo, por sorte nossa e do cidadão que estava lá. Mas não dá para arriscar. Em um dos assaltos, um cliente estava armado e era uma arma verdadeira que foi levada. Aí é que está o problema", disse o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima. Parte dos bandidos atuou em vários assaltos, com comparsas diferentes. As câmeras do Carlota, por exemplo, mostraram que pelo menos um integrante do bando que assaltou o restaurante participou de um arrastão em Pinheiros em fevereiro. Ao menos uma das quadrilhas que atuou Higienópolis seria do Glicério, no centro de São Paulo.

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