Esse ano não tem carnaval – pelo menos não em fevereiro. A essa altura, as irmãs gêmeas Ivone e Ione da Conceição do Nascimento, 75 anos, já estariam vivendo a vida do barracão, dos últimos preparativos e das conversas animadas sobre a ala das baianas na escola do coração.
Moradoras do bairro de Grajaú (onde são praticamente vizinhas), Ivone e Ione passam a maior parte do tempo dentro de suas casas – saindo apenas para o essencial e inadiável. “Sinto falta das minhas amigas da escola de samba. Lá, o ambiente é bom. E a gente recebe o carinho de outras baianas”, falou Ivone. “Ah, além da escola, sinto falta da cervejinha. Mas fico em casa, meu companheiro tem 84 anos e precisa se cuidar. Eu sou hipertensa, mas graças a Deus estou passando sem o vírus”, disse Ione.
As gêmeas sabem que, por mais que demore, um dia o carnaval vai chegar. “Pensar na vacina, me faz rejuvenescer. Já me imagino na avenida e as pessoas me assistindo. Vai ser um carnaval lindo”, comentou Ivone. “A fantasia já está esperando na minha sala. Não vejo a hora de rodar de novo. Depois da vacina, quero de novo minha avenida”, completou Ione.
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