Pela internet, grupos se mobilizam para ajudar ciclista que perdeu o braço

David Santos Sousa, de 21 anos, perdeu um braço depois de ser atropelado na Avenida Paulista, no domingo, 10; internautas tentam oferecer bolsa de estudos e amparo psicológico

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Por Luciano Bottini
Atualização:

SÃO PAULO - O caso do ciclista que perdeu um braço na Avenida Paulista em um atropelamento no domingo, 10, mobilizou pessoas solidárias com a vítima nas redes sociais . Internautas chegaram a planejar um crowdfundig (arrecadação pela internet) para comprar um braço mecânico a David Santos Sousa, que está hospitalizado.

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Depois de uma empresa oferecer a prótese, eles agora estão estudando outras formas de ajuda para o rapaz, como uma bolsa de estudos ou acompanhamento psicológico.

O perfil no Facebook "Um braço mecânico para o ciclista atropelado na Paulista" já conquistou quase 6 mil "curtir". mas não arrecadou nenhum dinheiro ainda, segundo uma das fundadoras do movimento, Ana Paula Lima, jornalista de 30 anos. "A ideia da criação da página surgiu porque o caso do David é recorrente. Antes dele, já tivemos outros atropelamentos de ciclistas na Paulista e em outras vias de São Paulo. No caso do David, felizmente, a vítima sobreviveu".

"Estamos em contato com a família, mas eles estão sendo muito assediados. Ainda não decidiram nada em relação a nossa proposta", disse Ana Paula, por entrevista pelo Facebook. Uma conta-corrente circula na internet, em outro perfil no Facebook, anunciada como de David. "Eu não sei se a conta é do David, essa informação não tem nada a ver com a gente. Apagamos todos os posts que deixaram na nossa página com essa informação".

A família não confirmou se a conta bancária era do ciclista. Segundo o padrasto da vítima, o advogado que cuida do caso, Ademar Gomes, deverá tratar de todas informações ligadas ao acidente. Ele também não confirmou os dados bancários do cliente. "É muito sério você pedir doação sem pedir autorização. Para que esse dinheiro vai ser usado?", questiona Ana Paula.

A jornalista Annette Schwartsman foi quem postou o número da conta na internet. Em conversa pelo Facebook, ela diz que pegou a informação na empresa onde o ciclista trabalha e, depois, confirmou com o pai da vítima pelo celular. "Não tenho relação nenhuma (com ele), mas a empresa onde ele trabalha fica perto da minha casa, e eu soube disso pela minha empregada."

"Com certeza ele vai precisar (do dinheiro) não só para pagar despesas médicas, prótese etc., como também para se sustentar, pois vai ser difícil que arrume emprego sem um braço", justifica a jornalista.

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