Um dos colegas de trabalho da pediatra Elaine Munhoz relatou que ultimamente ela estava com uma aparência "um pouco mais triste que a habitual". O médico Rafael Criscuolo, que trabalhava com a médica havia nove anos em uma unidade básica de saúde existente no bairro do Alto de Pinheiros, correu até o condomínio onde a família morava logo após ver o nome dela no noticiário.
Segundo o médico, Elaine estava "sorrindo menos" no trabalho, mas continuava trabalhando normalmente. "Eu percebi uma coisa muito subjetiva, difícil de precisar", relatou. Os colegas não notaram qualquer outro problema que pudessem indicar.
O companheiro de trabalho disse ainda que a pediatra era reconhecida como alguém competente e era muito querida pelos colegas e pacientes. Elaine tirou dois dias de folga da UBS municipal ontem e anteontem, segundo ele.
A última vez que os dois haviam se encontrado foi antes do feriado prolongado de carnaval. Nada de anormal foi notado.
De acordo com a polícia, a pediatra passou por quatro a seis sessões de terapia por causa de depressão nos últimos tempos. Os investigadores não deram detalhes sobre o que teria motivado as consultas.