Atualizado às 22h14.
SÃO PAULO - O sistema de pagamento eletrônico de pedágio Sem Parar vai ficar mais barato e terá novos planos – um deles, pré-pago, permite ao usuário fazer recargas de R$ 25 a R$ 150, sem cobrar a taxa de adesão. No pós-pago, a taxa de R$ 39,97 de transferência caso o usuário troque de carro vai deixar de ser cobrada, assim como a taxa de adesão ao serviço. A mensalidade vai baixar de R$ 11,90 para R$ 8. As mudanças valem a partir do dia 15.
O plano pré-pago atende principalmente quem quer ter uma tag – dispositivo eletrônico de cobrança – e não usa as estradas regularmente, mas só em viagens pontuais, como nos feriados. Pagam-se R$ 40 de caução pela tag (que são devolvidos quando o usuário deixa de usar o Sem Parar) e, a cada recarga, há uma taxa de R$ 4 a R$ 15, dependendo do valor carregado.
O plano pós-pago, que hoje tem taxa de adesão de R$ 66,72, mensalidade de R$ 11,90 e taxa de transferência de R$ 39,97, passa a ter apenas uma mensalidade de R$ 8. O novo valor vale apenas para as rodovias de São Paulo – nas estradas federais, mesmo nos trechos paulistas, o usuário paga R$ 3,90 extras por mês.
Concorrência. Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o barateamento do Sem Parar é resultado da concorrência. Em 90 dias, a DBTrans, também de pedágio eletrônico, começa a operar nas 144 praças de São Paulo.
"Estamos abrindo o mercado para que várias empresas possam participar. Isso demora, porque a antena que tínhamos nas estradas lia apenas um tipo de tag. Temos de mudar o sistema para permitir a entrada de outras operadoras", disse Alckmin. A partir de janeiro de 2013, as antenas passarão a ler tags mais modernas, que operam em 915 mega-hertz. Hoje, o sistema usado é o de 5,8 giga-hertz. As tecnologias serão usadas juntas até 2014.
Outros planos. A DBTrans vai oferecer três planos. Um deles é pré-pago, com taxa de adesão de R$ 57,12 e cobrança de R$ 6 por recarga. A vantagem em relação ao Sem Parar é que não há o pagamento de caução. No outro plano, pós-pago, paga-se o mesmo valor de adesão e uma mensalidade de R$ 6, mais barata do que a do Sem Parar. O terceiro plano é para caminhoneiros, que terão o sistema de Vale Pedágio cobrado pela tag – hoje oferecido aos caminhoneiros pelas empresas, mas em papel.
"No futuro, toda cobrança de pedágio será eletrônica. A ideia é que uma terceira empresa, privada, entre no mercado paulista", disse o secretário estadual de Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho. Sobre a redução do preço do pedágio – promessa de campanha de Alckmin –, o governador disse que contratou um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que está fazendo uma "análise geral dos contratos".